intolerância religiosa

Governo vai investigar crime de intolerância após ataque a monumento em São Luís

Secretária de Igualdade Racial emitiu nota repudiando a ação, e afirmou que irá acompanhar o caso para que os culpados sejam punidos.

Ipolítica

Atualizada em 24/07/2023 às 15h22
Estátua teve rosto depredado na praia do Olho d'Água.
Estátua teve rosto depredado na praia do Olho d'Água. (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

SÃO LUÍS - A Secretaria de Estado da Igualdade Racial do Maranhão (SEIR-MA) emitiu nota de repúdio contra o ato de vandalismo praticado neste domingo (23), na praia do Olho d'Água, em São Luís. O rosto da estátua de Iemanjá foi quebrado, a suspeita é de que o ato tenha sido motivado por intolerância religiosa.

Em nota, a Secretária informou que vai acompanhar o caso, para que os culpados – autores intelectuais, financiadores e executores – não fiquem na impunidade ou se escondam sob o manto da liberdade de opinião.

“O ato praticado não é vandalismo. É crime previsto em várias leis do ordenamento do país. Seus autores deverão ser punidos, inclusive para servir de desestímulos a casos semelhantes. O artigo 5º, inciso VI, da Constituição Federal de 1988, assegura que ‘é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias'”, diz o comunicado.

No domingo (23), o rosto da estátua de Iemanjá foi quebrado, a suspeita seria de intolerância religiosa. O monumento fica localizado na praia do Olho d'Água, em São Luís. A estátua é alusiva ao processo de luta dos povos de terreiro maranhenses por reconhecimento e liberdade religiosa.

A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), também repudiou a destruição da estátua de Iemanjá. A equipe da Sedihpop esteve presente no local para articular com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) a devida apuração dos fatos e também buscar a restauração da imagem com a Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) e a Secretaria de Estado da Cultura (Secma).

 

 


 

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