CASO UNE

Pedido de impeachment contra Barroso é apresentado por senadores

Declarações políticas do ministro em evento da UNE fundamentam pedido.

Ipolítica

Atualizada em 19/07/2023 às 13h12
Documento foi protocolado na manhã desta quarta.
Documento foi protocolado na manhã desta quarta. (Reprodução)

BRASÍLIA - Senadores apresentaram um pedido de impeachment contra o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido foi motivado pela declaração do magistrado no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), na última quarta-feira (12/7), em que ele afirmou ter enfrentado e derrotado o "bolsonarismo".

Durante uma coletiva de imprensa, o senador Jorge Seif (PL-SC) informou que o requerimento foi assinado por 13 senadores e entre 70 a 80 deputados federais. O senador Cleitinho (Republicanos-MG) está entre os parlamentares que apoiam o pedido de impeachment contra o ministro do STF.

Jorge Seif destacou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reconheceu a gravidade da declaração de Barroso e espera que o pedido seja levado adiante.

Pacheco classificou a fala de Barroso como "infeliz" e pediu o fim dos ataques. Ele afirmou: "As manifestações de desaprovação por parte do presidente Rodrigo Pacheco nos deixam certos de que o presidente desta casa também reconheceu a gravidade das declarações e os possíveis crimes de responsabilidade contidos nelas".

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) considerou o episódio envolvendo o ministro Barroso como "gravíssimo" e declarou que a fala do magistrado mostra claramente seu posicionamento. Jordy afirmou: "Ele deixou claro que participou da derrota do outro lado. Quando ele diz: 'Nós derrotamos o bolsonarismo', ele se coloca na primeira pessoa do plural. Quem é esse 'nós'? Ele se refere ao STF, do qual faz parte como vice-presidente e em breve será presidente? Ou ao TSE, que ele presidiu?"

O deputado complementou dizendo que não é atribuição de um ministro do Supremo Tribunal Federal derrotar ninguém, mas sim proteger e resguardar a Constituição. Ele sugeriu que, se Barroso deseja derrotar alguém, deve fazê-lo nas urnas, como candidato.

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