Braide e vereadores: uma relação que prejudica São Luís
Prefeito e parlamentares da capital vivem em clima tenso e de diálogo zero ou quase inexistente; o reajuste dos servidores públicos mostra como o clima de tensão entre os poderes atrapalha os ludovicenses.
Mais uma vez a relação entre o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), e os vereadores pior consideravelmente. Desta vez, é o projeto de lei dos servidores públicos e as emendas apresentadas pelos parlamentares.
Como a corda deste relacionamento está bastante esticada, o diálogo não acontece e, quando ocorre, a comunicação vem cheia de ruídos. E foi isto que aconteceu na questão da matéria do reajuste de servidores públicos.
Poucas informações da Prefeitura de São Luís (os dados foram praticamente zero), um pedido de urgência e análise praticamente inexistente do texto para os vereadores votarem. Ou seja, sem diálogo.
Depois de toda a confusão (causada com o anúncio de Braide de que os servidores não receberiam o reajuste no salário pago nesta terça-feira, 30), há uma proposta de conversa. Uma reunião para tentar colocar fim no impasse.
Só fica uma dúvida: por que este diálogo não aconteceu antes que a matéria fosse aprovada com as emendas? Por que votar sem informações?
O jogo político desnecessário e cheio de vaidades e orgulhos é que vem dando o tom nesta relação entre os dois poderes.
Mais crise
E quando se pensa que o imbróglio pode ser resolvido no diálogo (tardio, claro), um vídeo nas redes sociais acaba deixando a situação desconfortável.
Os vereadores foram comunicados pelo presidente da Casa, Paulo Victor(PCdoB), de uma reunião com Eduardo Braide na Câmara na tarde desta terça.
No entanto, o prefeito publica um vídeo culpado os vereadores pelo não reajuste dos servidores e ainda diz que está na prefeitura aguardando os parlamentares para conversar.
Desrespeito
O vídeo foi considerado desrespeitoso pelos parlamentares. Eles dizem que irão a reunião se tiver, mas não irão com um discurso pacífico.
O prefeito quer falar sobre os vetos que dará ao projeto de lei e pedir que não sejam derrubados.
O vereador Raimundo Penha (PDT) fez uma sugestão diferente: ele pede que a reunião aconteça na quarta-feira, 31, e que tenha a presença de técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para esclarecer qualquer dúvida.
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