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COLUNA

De Olho na Economia
É economista com experiência nacional e internacional em análises macroeconômicas e microeconômicas. Possui habilidade em análises setoriais, gestão do capital humano, orçamentos e finanças.
De Olho na Economia

Fatos que podem mexer com a bolsa de valores (B³)

Leia a coluna do economista Wagner Matos desta quarta-feira (17).

Wagner Matos / Economista

Atualizada em 22/05/2023 às 18h50

Venho compartilhar algumas informações e conversas que troco com profissionais do Brasil e exterior que recebo no meu dia a dia de trabalho no acompanhamento do mercado acionário. Pois bem, começamos por relatos de gestores de empresas localizadas na China e Índia que atuam no setor industrial, ou seja, fontes não oficiais (rumores), que o nível de atividade econômica nesses países é maior do que é apresentado oficialmente. Sabemos que existe uma restrição global para todos os tipos de produtos que vem da Rússia. Entretanto esses rumores citam, que a Rússia está fornecendo petróleo, combustíveis, gás e commodities metálicas com preço 50% inferior ao praticado na cotação oficial do mercado internacional. Tanto que dizem, que na época dos fornecimentos dessas mesmas commodities para Europa, o quantitativo já foi superado pelo consumo desses 2 países, a China e Índia. E toda essa movimentação está baixando o custo de produção empresarial e governamental nesses países, que também enfrentam a inflação, o alto nível de endividamento e uma população gigantesca com necessidades.

Esses fatos indicam que os pagamentos dessas transações estão sendo efetuados em moeda chinesa, Yuan (¥). As transações comerciais entre China, Rússia, Índia e países aliados estão fortíssimas. Os governos dos países do ocidente têm noção do que acontece, mas não conseguem interferir. Outro fato que foi informado, é que a China tem controle total da infraestrutura logística portuária dessa região, que cresce a cada dia para atender a necessidade desses países que estão alinhados comercialmente.

E aí, surge a pergunta: E o Brasil, onde fica no meio disso tudo?

Recentemente, o Presidente da República do Brasil, já se manifestou que apoia a China, Índia e Rússia. Mediante a isto, a minha avaliação é que o Brasil deve aumentar as suas exportações comerciais globais. E todos sabem a representatividade do Brasil como fornecedor de commodities, principalmente, as alimentícias e especificamente o minério de ferro, por ter característica de melhor índice de pureza e ter a maior reserva e empresa exploradora do mundo. O Brasil fornece 25% do alimento consumido no mundo e ainda pode crescer, mas essa produção depende dos fertilizantes russos, que tem os menores preços disponíveis. Porém não devemos esquecer do recuo nos preços das commodities que estão próximo ao nível pré-pandemia e do cenário político brasileiro, que também vem exercendo influência nas oscilações das ações da nossa bolsa.

Ontem (16.MAI.23), tivemos apresentação do texto do arcabouço fiscal que está sendo analisado pelo Congresso, mercado financeiro e produtivo. Além disso, tivemos as entrevistas do Presidente do Senado, Presidente da Câmara dos Deputados e do Presidente do Banco Central com o empresário Abílio Diniz, mas ainda falta o Ministro da Fazenda. Pelas entrevistas dadas, foi sinalizado um caminho a ser seguido, que é o de desenvolvimento econômico. Os assuntos mais espinhosos foram abordados como o arcabouço fiscal, reforma tributária, segurança política e jurídica. Resumindo todos querem e estão trabalhando para o bem do Brasil.

Em paralelo, o governo apresentou redução nos preços dos combustíveis e gás, tem planos para reativar a indústria automobilística e tudo mais que ainda possa aparecer para ajudar nesta caminhada da prosperidade. O importante é que esses sinais agradam aos investidores estrangeiros, mercado financeiro e produtivo. Se ocorrer tudo que foi falado e apresentado teremos um recuo na inflação, consequentemente, melhora o poder de compra dos salários das famílias. Os resultados positivos desses pontos vão servir para que o banco central inicie logo, o processo de redução dos juros, que vai aumentar a oferta de crédito, investimentos, emprego, renda e arrecadação de impostos do governo, ou seja, todos os setores devem acelerar o movimento da economia.

Conclusão, todas essas variáveis podem convergir agora no curto prazo. E me fazem intensificar a minha atenção no comportamento das ações das nossas empresas brasileiras que podem se valorizar com uma entrada maior do volume de capital estrangeiro.

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