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Os indícios de rompimento de Flávio Dino e Carlos Brandão só aumentam

Ministro da Justiça e governador do Maranhão estão com as relações abaladas desde o resultado das eleições de 2022.

Ipolítica

Atualizada em 02/05/2023 às 23h58
A relação de Flávio Dino com Carlos Brandão é desconfortável
A relação de Flávio Dino com Carlos Brandão é desconfortável (Paulo Soares)

SÃO LUÍS - Depois do carnaval, mais indícios aparecem de que o rompimento entre o governador Carlos Brandão (PSB) e o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), está mais próximo do que muitos observadores da cena política poderiam imaginar. A greve dos professores é bem sintomática  deste racha e ainda o evento da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem).

Durante o carnaval, Dino até esteve no circuito da Beira-mar, no entanto, não foi visto ao lado de Brandão, o que é estranho tratando de aliados e uma relação de sete anos de governo. O próprio governador disse, em entrevista ao Imirante, que fez o convite ao ministro para ir ao carnaval, mas que ele não estava tão "carnavalesco assim". Diante disto, houve só um comprimento de longe ao se olharem na avenida.

Depois disto, veio a greve dos professores da rede estadual de ensino. Esta ocorre após oito anos. Isto porque, durante o governo de Flávio Dino, o sindicato dos docentes nunca reclamou de qualquer falta de reajuste salarial. De abril a dezembro de 2022 - tempo do primeiro mandato de Brandão no Palácio dos Leões - não houve revolta. Tudo isto porque o sindicato sempre foi ligado ao PCdoB, que por anos foi o partido de Dino.

No entanto, pelas relações difíceis de Brasília com o Maranhão, a entidade “tomou consciência” sobre reajuste salarial e decretou greve. 

Por fim, a Famem organiza um evento e estrutura as agendas para não deixar que Carlos Brandão e Flávio Dino sentem à mesma mesa. Tanto que, os dois ficaram em dias diferentes. Não em horários, mas em dias diferentes.

Tudo poderia ser somente coincidência. Mas não é! O rompimento oficial (para o público) não deve tarde mais. As relações são conflituosas e não se mostra que haverá uma mudança. Pelo contrário: assim que a pré-campanha para prefeito começar, o acirramento deverá ser maior e maior. 

Os aliados do grupo trincado Brandão/Dino? Uma parte tentar avançar no diálogo para contornar a crise (estes com mais expressão de desejo do que realmente na confiança que poderá mudar o cenário) e a outra parte que já admite que o rompimento oficial é inevitável. 

Sem encontro

O governador Carlos Brandão esteve em Brasília, pelo menos, três vezes nos útiltimos meses. Na ida a capital federal, não houve o encontro dele com Flávio Dino.

Na última vez que esteve por lá, havia um almoço agendado para acontecer, mas acabou não ocorrendo. Consta que foi o governador que não quis.

Dino e Brandão não tem se falado e eles sabem das opiniões e posicionamentos de cada um por meio dos aliados.

Ainda um mistério

Continua um mistério a nome de quem vai comandar a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) na gestão de Carlos Brandão.

O governador ainda não definiu se mantém o coronel Sílvio Leite ou se troca. Há muitas dúvidas.

Os aliados de Brandão garantem que ele não se manifestou em nada sobre o assunto. Até porque o comando da SSP é um ponto de divergência entre os aliados do governador.

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