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Deputada não sabia o que era racismo e desigualdade social e pediu ajuda a antropóloga

Abigail Cunha (PL), que se despediu do parlamento temporariamente para assumir a Secretaria da Mulher, postou foto com empregadas domésticas para provar que não era racista por ter duas pessoas negras trabalhando em sua casa.

Ipolítica

Atualizada em 02/05/2023 às 23h58
Abigail Cunha se despediu teporariamente da Assembleia para assumir Secretaria da Mulher e se disse arrepedinda de publicação com exposição de empregadas domésticas
Abigail Cunha se despediu teporariamente da Assembleia para assumir Secretaria da Mulher e se disse arrepedinda de publicação com exposição de empregadas domésticas (Agência Assembleia)

SÃO LUÍS - A agora secretária estadual da Mulher, a deputada licenciada Abigail Cunha (PL), teve que recorrer a ajuda de uma antropóloga para entender sua atitude racista e preconceituosa nas redes sociais após publicação de foto com suas empregadas domésticas descalças e expostas somente para provar que a parlamentar não é racista.

Ao contrário do que pensou a secretária (mulher branca, esposa de prefeito e um mandato de deputada estadual), a repercussão de sua publicação foi péssima. Como mostrou a coluna, Abigail somente mostrou o racismo e o abismo social que é uma realidade na sociedade maranhenses.

Diante da repercussão ruim, um post apagado (mas o print é eterno) e ser empossada secretária da Mulher, Cunha não teve outra opção se não ir a tribuna da Assembleia Legislativa para se desculpar. Claro que isto não é suficiente. Mas não se pode desconsiderar que a deputada, pelo menos, fez uma fala de desculpas.

Segundo Abigail Cunha (com sua visão limitada das mazelas das sociedade) precisou de uma antropóloga para que lhe explicasse todo o preconceito que sua publicação trouxe nas redes sociais.

Para a secretária, foi muito dificíl perceber que a foto com a suas duas empregadas negras, descalças e sendo usada para uma demonstração de integridade de Cunha é um ato de puro preconceito. Mas, segundo Abigail, foi possível perceber com as explicações da antopóloga.

Que a secretária tenha realmente entendido o que fez, que suas desculpas sejam verdadeiras e que ela possa desempenhar corretamente sua nova função à frente da pasta da Mulher porque como deputada, se não fosse este episódio sobre racismo, talvez o desempenho dela fosse comprometido porque ela não sabia de racismo e de desigualdade social, o que é bem comum no Brasil.

Tudo tranquilo

O ministro Juscelino Filho (União) disse à coluna que a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi tranquila e todos os pontos que precisavam ser esclarecidos, foram.

Sobre possível fogo amigo do próprio governo, o ministro das Comunicações disse à coluna que não acredita em qualquer ação orquestrada.

Para ele, tudo não passa de um foco equivocado dado pelo jornal Estado de São Paulo direcionado a membros do primeiro escalão de Lula.

Fogo amigo?

Nos bastidores de Brasília, no entanto, se fala sim de fogo amigo vindo de políticos maranhenses.

Políticos maranhenses estes que estariam ajudando alguns petistas que são contra o espaço dado ao União Brasil e disponibilizado para Juscelino Filho.

Se for verdade, as investidas não surtiram o efeito todo esperado - que era rifar o União Brasil deste terceiro ministério. E o efeito não foi o esperado porque o próprio partido de Juscelino não recuou diante das denúncias contra o indicado da legenda.

Impasse

Permanece o impasse sobre o nome que vai comandar a Secretaria estadual de Segurança Pública (SSP).

O governador Carlos Brandão (PSB) ainda não disse que manterá o coronel Silvio Leite ou se mudará o comando da pasta.

O socialista já anunciou quase todos os seus auxiliares de primeiro escalão, mas aliados debatem sobre quem indicará o nome. Há quem diga que o governador baterá o martelo dizendo que a escolha, no caso da SSP, é sua e de mais ninguém.

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