SÃO LUÍS - Definitivamente o clima foi estranho na Câmara Municipal de São Luís na sessão solene de reabertura dos trabalhos da Casa. O prefeito Eduardo Braide (PSD) levou sua mensagem pessoalmente aos vereadores que se mostraram pouco receptivos com o chefe do Executivo.

No discurso, o prefeito destacou ações de sua gestão e agradeceu a colaboração dos vereadores. Ele, mesmo sabendo que não ocorre, falou em união e harmonia entre os Poderes, o que - de fato - irritou mais os parlamentares.

Alguns nem participaram da solenidade. São 31 vereadores e pouco mais da metade se fez presente, segundo constava na presença registrada no painel da Câmara.

Para além da pouca receptividade dos parlamentares, uma chamou atenção maior: o presidente da Casa, vereador Paulo Victor (PCdoB), se comportou como chefe de um poder cumprimentando outro chefe de poder.

Sem tapinhas nas costas, sem sorrisos ou conversas ao pé de ouvido (comuns entre os políticos). Paulo Victor visivelmente manteve a distância de Braide. Até falou em união e harmonia, mas entre os parlamentares da Câmara de São Luís. “Clima de união e harmonia é o que vivemos nesta Casa”, disse.

O mais próximo que ele falou em relação a Prefeitura de São Luís foi a expectativa de uma relação institucional.

Bem, os discursos é para que haja paz entre Executivo e Legislativo. Será possível após dois anos de uma relação desgastada? Muitos parlamentares apostam que o cenário continuará o mesmo de 2021 e 2022. Outros dizem que vai piorar mais.

É um sentimento de descrédito que os vereadores nutrem pelo prefeito Eduardo Braide, que - ao comparecer a Câmara - demonstra que pode haver mudança de postura a partir de agora.

Tensão

Dois vereadores deixaram o clima tenso no fim da sessão solene. Marquinhos Silva (União) e Fátima Araújo (PCdoB) pediram a palavra para falar da educação.

Marquinhos, logo no início, disse que aproveitaria a oportunidade para fazer um pedido para Braide “já que é difícil falar com o senhor, prefeito”.

Mas o tom não passou disto. Marquinhos e Fátima pediram que a Prefeitura garantisse a matrícula de  mil crianças que estão fora da sala de aula.

Mar de rosas

Sobre a relação com o parlamento, o prefeito Eduardo Braide insiste em dizer que tudo se encontra num mar de rosas.

Em entrevistas que concedeu, o prefeito disse que a prova da boa relação foi a aprovação da proposta orçamentária de .

“Os vereadores aprovaram a lei orçamentária da maneira que a Prefeitura enviou. Sem qualquer emenda”, justifica o gestor.

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