Retrospectiva 2022

Lula derrota Bolsonaro e Brandão é reeleito no Maranhão: o que aconteceu em outubro

Brandão é reeleito em primeiro turno; Lula derrota Bolsonaro; Maranhão tem a maior bancada feminina da história no Congresso Nacional; veja os destaques do mês de outubro.

Ipolítica

SÃO LUÍS - O mês de outubro foi o de maior movimentação política no Maranhão e no Brasil, com a realização das eleições 2022, e definiu detentores de mandato para os próximos 4 anos na Presidência da República, em governos estaduais; assembleias legislativas e na Câmara Federal; e 8 anos para quem atua no Senado Federal.

No dia 2 de outubro por exemplo, o governador Carlos Brandão (PSB) foi reeleito para novo mandato no estado, numa chapa que tinha como o seu vice o ex-secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão (PT).

Quarenta e dois deputados estaduais também foram eleitos, bem como 18 federais e o senador Flávio Dino (PSB), anunciado posteriormente como futuro ministro da Justiça. 

Carlos Brandão foi reeleito governador do Maranhão
Carlos Brandão foi reeleito governador do Maranhão

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O pleito do dia 2 de outubro também definiu a disputa de segundo turno presidencial entre os então candidatos Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.

Numa eleição acirrada, Lula e Bolsonaro intensificaram ataques pessoais e participaram de confrontos em debates promovidos por emissoras de TV. 

Lula encerrou o primeiro turno com vantagem sobre o seu adversário e abriu caminho para a vitória definitiva nas urnas no fim do mês, ocasião do segundo turno. 

Lula e Bolsonaro disputaram um primeiro turno acirrado e intensificaram ataques pessoais
Lula e Bolsonaro disputaram um primeiro turno acirrado e intensificaram ataques pessoais

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O pleito do dia 2 de outubro também elegeu a maior bancada feminina maranhense da história no Congresso Nacional. Ao todo, foram três as mulheres eleitas pelo Maranhão, fato jamais antes registrado na história desde a Constituição de 1988.

Foram eleitas para exercer mandato de fevereiro de 2023 a janeiro de 2027 na Câmara Federal, em Brasília, as deputadas Detinha (PL), Amanda Gentil (Progressistas) e Roseana Sarney (MDB).

Elas se juntarão à senadora Eliziane Gama (Cidadania) e Ana Paula Lobato (PSB), primeira suplente de Flávio Dino, que por sua vez, ficará na equipe de primeiro escalão de Lula.

Com isso, a bancada feminina maranhense no Congresso Nacional terá pela primeira vez na história a representatividade de cinco mulheres no exercício de mandato. 

O recorde do Maranhão era de apenas duas mulheres com mandato em Brasília, e só ocorreu uma vez, no pleito de 2002, ou seja, há 20 anos, quando haviam sido eleitas Nice Lobão e Teresinha Fernandes. 

Roseana, Detinha e Amanda Gentil foram eleitas deputadas federais pelo Maranhão
Roseana, Detinha e Amanda Gentil foram eleitas deputadas federais pelo Maranhão

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Em meio à campanha nacional de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, a Justiça Federal no Maranhão determinou o bloqueio de R$ 78 milhões das contas dos Fundos de Saúde de 20 municípios maranhenses. Os recursos eram oriundos de emendas parlamentares.

O bloqueio se deu após pedido fundamentado pelo Ministério Público Federal (MPF). Na ocasião, o MPF investigava 46 municípios com indícios de recebimento de maneira fraudulenta de repasses federais oriundos de emendas parlamentares. Ao todo, 23 ações foram propostas.

Entre os 20 municípios que tiveram as contas bloqueadas, Miranda do Norte, Afonso Cunha, Bela Vista, São Francisco do Maranhão, Loreto, Governador Luiz Rocha, Santa Filomena do Maranhão, São Bernardo, Igarapé Grande, Bequimão, Turilândia, Lago dos Rodrigues, Joselândia e São Domingos.

O caso chamou atenção para a discussão a respeito da necessidade de maior transparência na Execução da Emenda de Relator, conhecida como Orçamento Secreto. 

O tema chegou a ser debatido entre os presidenciáveis. 

Justiça Federal bloqueou repasses de recursos de emendas parlamentares a municípios do estado
Justiça Federal bloqueou repasses de recursos de emendas parlamentares a municípios do estado

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Semanas antes da realização do segundo turno, o Conselho Política da Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Estado do Maranhão (CEADEMA) divulgou uma nota de repúdio contra a senadora Eliziane Gama (Cidadania), após a parlamentar ter declarado apoio ao então candidato Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República. 

O tema provocou forte polêmica e ganhou repercussão nacional.

Eliziane reagiu à nota e disse que a prática do Conselho Político da CEADEMA é incompatível com o Evangelho. 

Ela afirmou ter lamentado "profundamente" a decisão da igreja e cobrou a retirada da nota de repúdio dos canais oficiais da entidade e da Assembleia de Deus. 

Depois disso, lideranças políticas como o ex-governador Flávio Dino e o presidente eleito Lula, repudiaram a posição da igreja e falaram em intolerância religiosa. 

Outras lideranças políticas nacionais atacaram a Assembleia de Deus e a crise entre a liderança da igreja e Eliziane Gama se agravou.

Eliziane Gama foi alvo de uma nota de repúdio do Conselho Política da CEADEMA após declarar voto em Lula
Eliziane Gama foi alvo de uma nota de repúdio do Conselho Política da CEADEMA após declarar voto em Lula

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Já no fim do mês de outubro, o ex-deputado Roberto Jefferson atacou policiais federais que haviam se deslocado até a sua residência para o cumprimento de um mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal. 

Jefferson usou arma de grosso calibre e granadas e deixou dois policiais feridos por estilhaços. 

O caso ganhou repercussão internacional e foi levado para a disputa presidencial de segundo turno. Ex-aliado do PT, Jefferson havia declarado voto em Bolsonaro. 

Bolsonaro repudiou Roberto Jefferson e afirmou não ser responsável pelo crime cometido pelo ex-deputado, um dos delatores do Mensalão.

Roberto Jefferson segue preso.

Roberto Jefferson atacou policiais federais que tentavam cumprir mandado de prisão contra o ex-deputado
Roberto Jefferson atacou policiais federais que tentavam cumprir mandado de prisão contra o ex-deputado

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Já no último domingo do mês de outubro (30), o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito para um mandato de 4 anos, ao derrotar o seu adversário, Jair Bolsonaro. 

Lula obteve 60.341.333 votos — o equivalente a 50,90% dos válidos. Bolsonaro, por sua vez, obteve 58.203.620 votos — 49,10 % dos válidos. No primeiro turno, ocorrido em 2 de outubro, Lula havia obtido 48,4% dos votos, contra 43,2% de Bolsonaro.

O petista afirmou, logo após a eleição, que iria retomar o Programa Bolsa Família - que na atual gestão foi transformado no Auxílio Brasil -, e se comprometeu em trabalhar para fortalecer a economia do país.

Bolsonaro silenciou e não se pronunciou sobre a derrota.

Lula foi eleito ao lado de Geraldo Alckmin para um mandato de 4 anos na Presidência da República
Lula foi eleito ao lado de Geraldo Alckmin para um mandato de 4 anos na Presidência da República

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Saiba quem disputa as eleições em São Luís.

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