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Vereadores mostram força e impõem derrota a Braide

Sem histórica na Câmara Municipal, os parlamentares derrubaram de uma só vez 17 vetos e convocaram quatro secretários municipais.

Ipolítica

Atualizada em 02/05/2023 às 23h37
Em meados de maio, Eduardo Braide reuniu com vereadores, mas canal de diálogo não foi aberto como prometido
Em meados de maio, Eduardo Braide reuniu com vereadores, mas canal de diálogo não foi aberto como prometido (Assessoria/Prefeitura de São Luís)

Os sinais estão cada vez mais claros de que o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (sem partido), vai deixando suas relações políticas cada vez mais complicadas. E um destes sinais foram duas decisões da Câmara Municipal: derrubar de uma só vez 17 vetos do chefe do Executivo e ainda convocar quatro secretários municipais para prestarem esclarecimentos na Casa.

Os vereadores - chateados, claro, pela falta de relação com o prefeito e com seus auxiliares - mostraram força e derrubaram 17 vetos sendo que destes 15 teve votação unânime. Até o líder do governo, Raimundo Penha (PDT), decidiu votar pela derrota de Eduardo Braide na Câmara.

Em via de regra, trancar pauta por conta de vetos ou derrubá-los é uma demonstração de que o chefe do Executivo não tem uma maioria no parlamento. E perder com votação por unanimidade é mais sintomático ainda.

E se o prefeito de São Luís não mudar a postura, a tendência é de que os vereadores deixem o cenário mais difícil para o gestor. Não votar a proposta orçamentária de 2023 deverá ser o próximo passo.

Correndo paralelamente, já há vereadores que defendem ação de improbidade administrativa contra Braide por ele não cumprir a lei orçamentária. E já tem vereadores que falam em afastamento do prefeito.

O fato é que Eduardo Braide, em 2 anos, não tem ajudado em nada para melhorar a relação com os vereadores. Um encontro ou outro entre ele e os parlamentares e nada mais. Encontros sem resultados buscados pelos vereadores.

Convocados

Foram convocados para prestar esclarecimentos na Câmara os secretários Eneas Fernandes (Governo), Simão Cirineu (Planejamento), José Azzolini (Fazenda) e Joel Nunes (Saúde).

Eles deverão esclarecer o que ocorreu para que a Prefeitura considerasse o orçamento de 2021 consolidado sem ter pago as emendas impositivas.

A audiência para eles acontecerá na quinta-feira, 24,  e os vereadores convidaram o Ministério Público Estadual para acompanhar a sessão.

Dificuldades

O líder do governo de Braide na Câmara, Raimundo Penha, já havia se manifestado na tribuna sobre as dificuldades de avançar com as demandas dos vereadores junto aos auxiliares do prefeito.

Ele tem dito nos bastidores que o líder da Prefeitura na Casa não é um cargo de ofício, cujo detentor precisa costurar acordos e buscar a consolidação destes.

De fato esta função é so secretário de Articulação Política que, em tese, deveria estar próximo do líder do governo para garantir a governabilidade de Eduardo Braide na Câmara. Só que a função não tem sido colocada em prática.

 

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