SÃO LUÍS - Um policial militar foi identificado pela Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) como o autor de oito disparos de arma de fogo contra o veículo de uma advogada, no último fim de semana, no bairro Cohajap, em São Luís.

Os principais recursos utilizados na investigação foram imagens de câmeras de segurança situadas nas imediações da região onde a ação aconteceu e o depoimento de testemunhas. O policial militar suspeito dos disparos compareceu nessa terça-feira (25) no 4º Distrito Policial do Vinhais para prestar depoimento.

De acordo com o delegado Maurício Matos, o suspeito, em depoimento, alegou ter desferido os tiros para tentar conter três homens que o haviam assaltado no momento em que saía de um bar, na companhia da namorada.

“O policial alegou que estava saindo de um bar, na região da Cohama, com a namorada, quando, ao tentar entrar no seu veículo, foi abordado por três assaltantes, em um carro preto. Nesse momento, subtraíram um cordão de ouro, uma bolsa e o aparelho celular do casal. Na tentativa de intervir ao assalto e tentar capturar os assaltantes, ele acabou efetuando alguns disparos na direção do veículo dos assaltantes, para fazer com que eles parassem o veículo, e esses disparos acabaram atingindo um veículo que estava estacionado no local”, disse o delegado.

O delegado Maurício Matos também informou que a perícia criminal já foi solicitada e que vai continuar atuando na resolução do caso, analisando a estrutura do veículo e o local em que o crime aconteceu.

“Já requisitamos as perícias, tanto no veículo, quanto no local. Estão sendo coletadas informações acerca das testemunhas oculares, que observaram e viram a toda dinâmica, do começo ao fim. Ela serão ouvidas, na data de hoje [quarta-feira, 26 de outubro] e amanhã [quinta-feira, 27]. Assim que nós tivermos esclarecido os fatos, vamos relatar, concluir as investigações e reverter para o poder judiciário”, afirmou.

Ainda segundo o delegado, a Polícia Civil não descarta motivações políticas para os tiros no veículo da advogada Larissa Santos.

“Acabaram ventilando a linha de uma motivação política, haja vista que o veículo da vítima estava plotado, levantou-se esta hipótese. A gente está analisando, também, essa hipótese; a gente não descarta. A gente vai apurar todas as possibilidades e, assim que concluído, a gente vai remeter o inquérito policial para o poder judiciário”, explicou.
 

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