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Há dificuldades para Weverton e Eliziane declararem posição neste segundo turno da eleição presidencial

Senadores já estão com posição nacional de seus partidos definida, mas ainda não disseram como irão se posicionar neste segundo turno.

Ipolítica

- Atualizada em 02/05/2023 às 23h37
Eliziane e Weverton ainda não declararam posição para este segundo turno da disputa presidencial
Eliziane e Weverton ainda não declararam posição para este segundo turno da disputa presidencial (Divulgação)

SÃO LUÍS - Em todo o Brasil, os agentes políticos têm sido chamados para se posicionar quanto a campanha eleitoral de presidente neste segundo turno. Já houve manifestações de apoio tanto para o presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Oara além de apoios, há programação de uma campanha local.

Um exemplo disto é o Maranhão. O governador reeleito, Carlos Brandão(PSB), o senador eleito, Flávio Dino (PSB) e todo o grupo político comandado pelos socialistas já têm uma campanha pró-Lula fechada no estado. O objetivo é aumentar de 66% para 80% a votação do petista.

Entre os nomes que disputaram o Palácio dos Leões em 2022, fora Brandão, somente Enilton Rodrigues (PSOL), até o momento, se posicionou para este segundo turno. Ele é a favor de Lula.

O senador Weverton Rocha (PDT), entretanto, ainda não quis declarar qualquer posição. Em tese, por ser do PDT, Rocha não deveria ter dificuldades de declarar apoio a Lula já que seu partido fez e até o ex-candidato Ciro Gomes também.

No entanto, por dois motivos, esta posição ainda precisa ser definida. Weverton vai encontrar com Carlos Lupi , mandatário nacional do PDT, na semana que vem, para falar sobre o segundo turno.

Esta dificuldade de posição do pedetista tem dois motivos: primeiro porque Rocha teve o apoio do PL - partido de Bolsonaro - para a disputa local. Depois que apoiar Lula é estar do lado do que seus adversários apoiam.

Outro nome que foi candidato ao governo - e ficou em segundo - Lahesio Bonfim ainda não se posicionou também. Em contato com a coluna, ele disse que ainda vai reunir com Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil de Bolsonaro, para definir seu plano de ação neste segundo turno.

Já o senador Roberto Rocha (PTB) se posicionou, claro, a favor de Bolsonaro. Em um discurso, que ajuda a reforçar o preconceito contra o Nordeste com a ideia de a região é sustentada pelos estados do Sul e Sudeste, o petebista declarou apoio. 

Sem novidade alguma. Diferente mesmo foi o senador não ter se posicionado durante o primeiro turno com receio, de certo, de perder votos em um estado, cuja maioria é eleitor do petista.

Outra dúvida sobre posição é da senadora Eliziane Gama (Cidadania). Assim como Weverton, o partido de Gama, o Cidadania, já declarou apoio a Lula. Mas a senadora ainda não se pronunciou a respeito. 

Motivos? em 2015 e 2016, Eliziane fez uma campanha intensa contra o PT. Participou da CPI da Petrobras (que não teve resultado prático de fato) e considerou os governos petistas como os piores da história.

Mesmo diante da posição, ela quis o apoio do PT do Maranhão em sua candidatura ao Senado em 2018. Mas nunca comemorou ou explicitou ou agradeceu o apoio conquistado a força pela influência de Flávio Dino.

Agora, Eliziane tem dificuldades de se posicionar. Não se sabe se Dino - mais uma vez - conseguirá mudar o cenário.

Por fim, fica claro que a posição local de cada ator político não necessariamente deverá seguir o que já foi definido nacionalmente.

Reunião com o presidente

Sobre apoio a Lula ou Bolsonaro, os quatro eleitos do PL no Maranhão para a Câmara dos Deputados foram chamados para reunião em Brasília.

Josimar de Maranhãozinho, Detinha, Pastor Gil e Júnior Lourenço se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro.

A missão solicitada pelo presidente é de uma campanha forte para ajudar no segundo turno. O Pastor Gil falou a respeito nas redes sociais.

Posições

O apoio pedido aos eleitos do PL não deverá ser aceito por Josimar de Maranhãozinho, Detinha e Júnior Lourenço. Somente por Pastor Gil.

No último caso, a questão é de religião. Da Assembleia de Deus, o pastor pede a todos os pastores para ajudar. Só não se sabe se serão os que receberam benefícios do governo Flávio Dino como capelão.

Já Josimar e os demais não deverão se esforça até porque Maranhãozinho teve seu comando no PL maranhense muito ameaçado pelo presidente Bolsonaro que queria deixar Roberto Rocha no comando.

Comemoração

O deputado Duarte Júnior (PSB) vem comemorando seu desempenho eleitoral em São Luís. Ele teve mais de 76 mil votos na capital para deputado federal.

A votação dele na capital foi maior do que muitos candidatos que foram eleitos e outros que chegaram perto de se eleger.

O número de votos de Duarte é maior do que ele teve em 2018 quando eleito para deputado estadual.

Perdas

Sobre eleitos, o Maranhão perderá dois expressivos parlamentares em 2023. 

Na Câmara Federal, a bancada não terá mais Hildo Rocha (MDB), um dos nomes de maior destaque principalmente quando o assunto é orçamento da União.

A outra perda é na Assembleia Legislativa que, no próximo ano, não terá mais em sua composição César Pires (PSD).

Expressão de desejo

Na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa, ao que tudo indica, a suposta candidatura de Arnaldo Melo (PP) ao comando maior da Casa não passa de expressão de desejo.

Melo, que já foi presidente da Assembleia por duas vezes e por alguns dias, governador do Maranhão, vem falando sobre o tal acordo com Carlos Brandão (PSB).

Acordo este que não é confirmado por palacianos. O que dizem os aliados de Brandão, na verdade, é que o acordo é com Othelino como forma de parte do “pagamento” pela posição assumida pelo presidente da Assembleia legislativa.

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