Entrevista

Josimar diz que crescimento patrimonial veio de ganhos no agro

Deputado declarou mais de R$ 25 milhões em bens, R$ 920 mil dos quais em dinheiro vivo.

Ipolítica, com O Globo

Atualizada em 11/08/2022 às 17h37
Josimar nega irregularidades com emendas
Josimar nega irregularidades com emendas (Paulo Soares)

SÃO LUÍS - O deputado Josimar Maranhãozinho (PL-MA) declarou em entrevista a O Globo que seu crescimento patrimonial entre 2018 e 2022 decorre de ganhos no agronegócio.

Segundo mostrou o Imirante nesta semana, o parlamentar, que é candidato à reeleição, declarou à Justiça Eleitoral bens no valor de R$25.406.802,39. Desse total, R$ 920 mil são dinheiro vivo. Em 2018, os bens do deputado totalizavam R$14.591.074,31.

“Houve um crescimento patrimonial, mas na área do agronegócio. E em 2018 eu não tinha débitos. Agora eu tenho. O maior crescimento foi com a compra de gado. Então eu tenho aquisição de gados que entram no meu CPF, assim como aquisição de bens, mas o que eu estou devendo não entra na prestação de contas. Hoje eu tenho um débito, em três bancos, de praticamente R$ 3,5 milhões", disse. 

Ainda na entrevista, Josimar afirmou que que tentará anular na Justiça, com base em um precedente  a investigação da qual é alvo com base em um precedente jurídico aberto em um caso envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a investigação da qual é alvo por suposto desvio de emendas a partir de contratos com a Prefeitura de Zé Doca, administrada por sua irmã, a prefeita Josinha Cunha, também do PL

O inquérito já foi concluído pela Polícia Federal. Segundo ele, as informações que embasaram a apuração foram utilizadas de forma irregular.

“A gente está há um ano e meio tentando que a Polícia Federal e o Coaf apresentem o demonstrativo da comunicação deles, com datas de quando foram pedidos esses RIFs (Relatórios de Inteligência Financeira) e outras informações. Tem o precedente do Flávio Bolsonaro, em que houve invasão do foro e quebra de sigilo sem autorização judicial. Eu quero usar o precedente do Flávio", comentou. E completou: “É aquela história: se essa comunicação entre Coaf e Polícia Federal não teve autorização da Justiça, ela é ilegal. Não anularia a investigação toda, mas algumas situações seriam anuladas".

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