Indícios de fraude

Primeira etapa do concurso público da Assembleia Legislativa é anulada

Presidente do Legislativo Estadual, deputado Othelino Neto, foi quem anunciou a anulação da primeira etapa do certame.

Ronaldo Rocha / Ipolítica

Atualizada em 20/06/2022 às 19h22
Othelino Neto anunciou cancelamento da primeira etapa do concurso público da Assembleia Legislativa
Othelino Neto anunciou cancelamento da primeira etapa do concurso público da Assembleia Legislativa ((Foto: Divulgação / Agência Assembleia))

SÃO LUÍS - O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), anulou a primeira etapa do concurso público para seleção de servidores do Legislativo Estadual.  

A anulação ocorre uma semana depois de o deputado estadual Yglésio Moyses (PSB) ter denunciado suspeita de fraude no concurso e de o próprio Othelino ter solicitado investigação por parte do Ministério Público Estadual.

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Em seu perfil em rede social, Othelino explicou o motivo que o levou a anular o concurso. 

“Em razão dos registros e denúncias de falhas de execução, fiscalização e segurança na prova objetiva, bem como pela correta interpretação sobre LGPD, quando da divulgação do Resultado Preliminar, decidi anular a primeira etapa do Concurso da Assembleia Legislativa”, disse.

E completou: “Nosso compromisso é com a transparência e a absoluta lisura de todos e quaisquer atos de gestão do Poder Legislativo. A íntegra da resolução está no site da Assembleia”.

Investigação

Na última sexta-feira, o Ministério Público informou ter encaminhado ofício para o deputado Yglésio Moyses, com o objetivo de ouvir do parlamentar esclarecimentos a respeito da denúncia de fraude no concurso público.

Yglésio deve indicar local, dia e hora, considerando as prerrogativas funcionais dele, para os esclarecimentos. 

O MP também informou que antes mesmo disso, já havia iniciado, no dia 26 de maio, com instauração de Notícia de Fato pela 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, apuração sobre denúncias de irregularidades. 

Candidatos narraram falhas na fiscalização das provas, irregularidades na publicidade do certame, vazamento de gabarito preliminar, utilização ilegal de celulares, suposta corrupção da entidade executora do concurso, além de provas e embalagens sem lacre.

A investigação foi instaurada pela 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa de São Luís logo após as denúncias. 

A instauração ocorreu pelo promotor de justiça Marcos Valentim Pinheiro Paixão. 

Em 2 de junho, por iniciativa do procurador-geral de justiça Eduardo Nicolau, os titulares da 2ª e 3ª Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa de São Luís, João Leonardo Sousa Pires Leal e Adélia Maria Souza Rodrigues Martins, respectivamente, foram designados para atuar conjuntamente com o titular da 1ª Promotoria de Justiça no caso.

 

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