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Doenças respiratórias em crianças se agravam no período chuvoso, diz especialista

A pneumologista pediátrica Denize Haidar explica como prevenir as crianças dessas doenças.

Neto Cordeiro/Imirante.com

Atualizada em 28/04/2022 às 11h24
Crianças com síndromes gripais e doenças respiratórias lotam hospitais.
Crianças com síndromes gripais e doenças respiratórias lotam hospitais. (Reprodução/TV Globo)

SÃO LUÍS – Os hospitais de São Luís, tanto da rede pública quanto da rede privada, estão cheios de crianças com síndromes gripais e doenças respiratórias. Vários fatores podem explicar este cenário segundo a pneumologista pediátrica Denize Haidar.

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Veja algumas perguntas e respostas:

1 Quais doenças respiratórias mais comuns em crianças?
Doenças mais prevalentes são as de causas infecciosas e as de etiologia alérgica. 
Dentre as primeiras, as causadas por vírus, são as mais frequentes e dentre as patologias alérgicas, a asma lidera a lista.

2 O período chuvoso tem alguma relação com essas doenças respiratórias?
O período chuvoso predispõe à proliferação de vários vírus que acometem o aparelho respiratório. A umidade elevada favorece a proliferação de fungos nos domicílios, propiciando a exacerbação das condições alérgicas em indivíduos predispostos.

3 Qual a forma de prevenir essas doenças?
Doenças infecciosas:
- medidas gerais: boa nutrição, calendário vacinal atualizado, condição de moradia adequada no aspecto sanitário, de ventilação e sem aglomeração de indivíduos; 
- prevenção de contágio a partir do afastamento da criança de indivíduos sintomáticos respiratórios;
- higienização adequada das mãos e superfícies e orientação de etiqueta respiratória;
- em situações epidemiológicas ou ambientais específicas, uso de máscaras faciais.
Doenças alérgicas:
- medidas ambientais: ambientes arejados e livres de poluentes inaláveis; combate ao tabagismo passivo;
- minimizar exposição antigênica nos grandes centros urbanos e relacionados ao estilo de vida;
- estratégias medicamentosas.

4 O que pode explicar a alta demanda nos postos/hospitais por estes problemas? 
A pandemia e a suspensão do ensino presencial por longo período possivelmente influenciaram a alteração da sazonalidade de alguns vírus: Virus Sincicial Respiratório e Rinovírus, principais agentes causadores de bronquiolites em lactentes (neste ano, o inicio da ocorrência dos casos foi antecipada em 2 meses), Influenza vírus e outros vírus causadores de resfriados. A baixa cobertura vacinal tem sido determinante do retorno de certas doenças virais já controladas, como o sarampo. O empobrecimento das famílias leva à piora das condições de moradia e à insegurança alimentar, fatores que interferem na condição imunológica e na saúde respiratória.

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