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Um Maranhão mais pobre que serve de dados para ataques políticos

IBGE mostra que os maranhenses têm a menor renda per capita entre todos os cidadãos do Brasil; no Maranhão, o assunto é caso de crítica com olhos na corrida eleitoral.

Imirante

Atualizada em 02/05/2023 às 23h37
Governo de Flávio Dino foi o alvo das críticas dos adversários dele e de Carlos Brandão devido aos dados ruins sobre a renda per capta do maranhense
Governo de Flávio Dino foi o alvo das críticas dos adversários dele e de Carlos Brandão devido aos dados ruins sobre a renda per capta do maranhense (Divulgação)

A renda per capita no Maranhão voltou a ser assunto entre os políticos maranhenses. Claro que, da situação, os que se opõem ao grupo do ex-governador Flávio Dino (PSB) são os que mais comentam o triste cenário do estado no ranking nacional.

Dados do IBGE mostram que o maranhense é o que tem a pior renda em todo o Brasil. São pouco mais de R$ 670 por mês, em média. Isto significa que mesmo com o Produto Interno Bruto (PIB) tendo um certo destaque em 2021, que a renda está concentrada o que deixa a população empobrecida.

Os números ganham força quando destacados pelos representantes da população. O senador Roberto Rocha (PTB), por exemplo, criticou os quase oito anos de mandato de Flávio Dino e o culpou pelo aumento da pobreza.

O senador não pode ser criticado pelo que disse porque a gestão dinista contribuiu sim para o aumento da pobreza no estado por falta de investimentos adequados para geração de emprego e renda.

Mas Rocha esquece que o governo federal também faz parte da matemática que deixou a população mais empobrecida. 

Já Weverton Rocha, senador do PDT e pré-candidato ao governo do Maranhão, agora fora do grupo dinista, se disse inquieto com a situação. Ele que foi aliado de Dino nestes quase oito anos.

O fato é que todos os representantes da população do Maranhão tiveram muitas oportunidades de trabalhar e mudar o triste cenário do estado. Mas pouco foi feito. Ou quase nada foi feito.

Agora, é mais fácil criticar, mas somente isto: criticar!

Calados

Sobre os dados ruins da renda per capta do Maranhão, o ex-governador Flávio Dino nada falou a respeito. Em entrevistas recentes, no entanto, o socialista colocou na conta do governo Bolsonaro o empobrecimento maior da população.

Os dados do IBGE também não foram comentados pelo atual governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB).

Repercussão

A situação do hospital Socorrão II de São Luís teve repercussão na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, 13. O deputado Duarte Júnior (PSB) discursou fazendo críticas ao prefeito Eduardo Braide (sem partido).

Segundo Duarte, falta de limpeza e higiene demonstra incompetência na gestão de São Luís e expõe pacientes da unidade de saúde a riscos e contaminações.

O parlamentar socialista aproveitou para lembrar das promessas de campanha de Braide e os compromissos que ele assumiu e não vem colocando em prática.

Judicialização

Duarte Júnior fez referência ainda a Educação já que há um encaminhamento para paralisação das atividades dos professores da rede municipal de ensino já na próxima semana.

Como a greve foi judicializada, o deputado do PSB diz que Eduardo Braide usa a judicialização para tentar esconder os problemas causados pela incompetência do gestor.

Além de pedir a decretação da greve dos professores, a Prefeitura de São Luís já havia conseguido na justiça decisão que considerou irregular a greve dos rodoviários causando o episódio da prisão de sindicalistas da categoria.

Fake

No dia anterior, o deputado Yglésio Moyses também discursou na Casa para criticar Eduardo Braide. Mas não foi em relação ao Socorrão II.

A crítica foi em relação ao Socorrão I que o prefeito apresentou em suas redes sociais como uma unidade de saúde limpa e sem filas.

Moyses diz se tratar de “fake” e afirmou que muitos pacientes do Socorrão I foram enviados para a Santa Casa que está sem qualquer estrutura adequada e com profissionais há três meses com salários atrasados.

CPI do Viagra

O deputado federal Bira do Pindaré (PSB) decidiu reunir assinaturas para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados.

A ideia é investigar a licitação para a compra do medicamento para disfunção erétil conhecido como Viagra. A compra de 35 mil unidades é para as Forças Armadas.

Bira precisa conseguir 171 assinaturas para protocolar o pedido de CPI. Até na terça-feira, 12, ele tinha 55 assinaturas.

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