Flávio Dino comunica renúncia e passa a se dedicar à eleição para o Senado
Governador informou na noite da última sexta-feira saída do comando do Palácio dos Leões, como determina a lei eleitoral; Carlos Brandão assume posto.
SÃO LUÍS - O ex-governador Flávio Dino (PSB) utilizou o seu perfil em rede social para comunicar a sua renúncia do comando do Palácio dos Leões.
Pré-candidato ao Senado, Dino precisou obedecer o que estabelece a legislação eleitoral e se desincompatibilizar do cargo para poder disputar a eleição do mês de outubro.
“Informo que, em obediência à legislação, apresentei minha renúncia ao cargo de governador do Maranhão. Dediquei-me obstinadamente a fazer o melhor que me era possível. Lutei e seguirei lutando por um Maranhão de Todos Nós. Agradeço a Deus e à confiança de todos”, escreveu Dino.
Flávio Dino deve se dedicar agora, exclusivamente, ao processo eleitoral.
Na eleição presidencial, ele defende a pré-candidatura do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).
Já no Maranhão, Dino trabalha em favor do seu sucessor, Carlos Brandão, contra o senador Weverton Rocha (PDT) dissidente do grupo -, e os demais adversários já apresentados.
Dino chegou a tentar se viabilizar, em 2020 e em 2021, para a disputa presidencial, mas não conseguiu convencer lideranças e partidos políticos em Brasília.
Nos bastidores, no atual cenário, é cotado como possível ministro de Lula, caso o ex-presidente seja eleito em outubro. O socialista, contudo, jamais falou publicamente sobre a possibilidade.
Negativo
No comando do Governo do Estado desde 2015, o ex-governador Flávio Dino não conseguiu cumprir a sua principal promessa de campanha que era retirar o Maranhão da miséria.
Levantamento feito pelo IBGE e divulgado em 2021 mostrou que o Maranhão é o estado onde o maior número de pessoas vivem na miséria. O estudo mostra que somente nos últimos anos, 400 mil pessoas entraram na faixa da extrema pobreza no estado.
Dino teve um governo marcado por uma pesada política tributária - com seguidos aumentos de impostos -, e inchaço da máquina pública desde o ano em que assumiu.
Ele também não cumpriu a promessa de dobrar os quadros da Polícia Militar e elevar a segurança pública e tem sido cobrado pela nomeação de aprovados em concurso público da PM.
Dino também não cumpriu a promessa de valorização do servidor público, ao não conceder reajuste salarial aos servidores do Estado durante um período de 7 anos.
O socialista, contudo, tem pontuado avanços em uma série de setores no estado.
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