SÃO LUÍS - Chuvas, altas temperaturas, proximidade do mar. A combinação é perfeita para o surgimento de um inquilino altamente indesejável. Fã de umidade e locais escuros, o mofo é um fungo que está relacionado ao surgimento de problemas respiratórios e até mesmo psiquiátricos.
O mofo ou bolor pode aparecer nas paredes das casas, na parte interna dos móveis e em roupas que ficam guardadas por muito tempo. Estima-se que cerca de 25% da população seja vulnerável à infecção por esse fungo – no Maranhão, isso representaria algo em torno de 1,7 milhão de pessoas.
“Quando a gente pensa em mofo, a primeira imagem que vem à mente é a de uma parede esverdeada. Mas a verdade essa é só uma forma de organização deles. O mofo é um conglomerado de fungos que são invisíveis a olho nu”, explica o pneumologista do Sistema Hapvida, Walter Rodrigues. Na prática, segundo o médico, isso significa que, se há uma mancha de mofo na sua parede, provavelmente há esporos desse fungo na atmosfera do ambiente, os quais podem causar doenças.
A lista de problemas que podem ser causados por esses fungos é grande. Se entra em contato com a pele ou os olhos, pode causar doenças dermatológicas ou oftalmológicas. “Quando conseguem penetrar as barreiras das vias aéreas, os fungos podem causar problemas como sinusite fúngica ou doenças pulmonares. É importantíssimo tomar cuidado para que isso não ocorra”, alertou o médico.
Prevenção
De acordo com o pneumologista, cidades quentes e úmidas como a capital maranhense são altamente convidativas para a instalação do mofo, já que ele gosta de locais quentes e úmidos. No período chuvoso, o problema fica ainda pior. “Nessa época do ano, a cidade fica ainda mais úmida. A gente também costuma fechar portas e janelas para se proteger da chuva, deixando o ambiente menos arejado e mais abafado, o que piora o problema”, explicou.
Sendo assim, uma atitude importante para combater a propagação do mofo deve ser arejar os ambientes sempre que possível, permitindo a entrada da ventilação e da luz natural. O pneumologista também recomenda o cuidado com a higiene e limpeza da casa – inclusive com aqueles lugares que passam despercebidos na hora da faxina. “Não é só banheiro, cozinha e azulejo. O fungo gosta de ambientes pouco arejados. Aquele amontoado de roupas guardadas, assim como os espaços embaixo da cama ou atrás dos armários, são locais muito suscetíveis à propagação do fungo e que precisam ser limpos regularmente”, orientou.
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