SÃO LUÍS - Parlamentares da Câmara Municipal de São Luís se manifestaram sobre a possibilidade de nova paralisação do serviço de transporte coletivo da Grande Ilha. A movimentação foi anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários na última semana e, na avaliação dos vereadores, as entidades de patrões e empregados devem entrar em acordo para que a população não seja prejudicada.
Na tarde de quinta-feira, os rodoviários negaram uma proposta de acordo dos empresários que incluía a extinção da função de cobrador do sistema de transporte público da Grande Ilha.
Na casa legislativa, tem sido dado andamento à apuração sobre o sistema de transporte público, a partir das ações da CPI dos Transportes. Integrantes da gestão municipal de transportes e das entidades de trabalhadores e empresários já foram ouvidos nas sessões. Os vereadores que compõem a comissão pretendem identificar problemas do sistema e contribuir com formas de resolvê-los, garantindo que a população possa usufruir um serviço de mais qualidade.
O vereador Francisco Carvalho (PSL), que preside a CPI dos Transportes, avaliou a situação. “É algo que não cabe [a greve dos rodoviários] e precisa ser conversado, para não prejudicar a população usuária do serviço”, frisou.
O parlamentar destacou ainda os trabalhos da CPI dos Transportes. “Temos reunidos nas sessões da CPI, justamente com o objetivo de entender o funcionamento desse sistema e encontrar as falhas, que vêm se repetindo há anos, mas, que podem ser solucionadas. É importante a contribuição de todos para que esse serviço público seja prestado com qualidade, dignidade e respeito à população”, pontuou o vereador.
O co-vereador Eni Ribeiro, do Coletivo Nós (PT), destacou que uma nova paralisação do serviço já era prevista e foi anunciada desde o ano passado. “Essa possibilidade já se sabia. Com o repasse feito pela Prefeitura, nem tudo se resolveu e, até hoje, não se tem, oficialmente, a comprovação dos valores exatos. Na ocasião desse repasse, os sindicatos dos trabalhadores e dos empresários, avisaram que seria apenas um paliativo e que não resolveria os problemas do transporte. Ficamos tristes com essa possibilidade de greve, mas deve-se respeitar o direito dos trabalhadores ao movimento”, frisou.
Sobre as ações da CPI dos Transportes, da qual o Coletivo Nós é integrante, o co-vereador ressalta que o objetivo é a melhoria do sistema. “Enquanto Câmara de Vereadores, precisamos participar ativamente das discussões sobre o sistema de transporte coletivo e o poder executivo precisa entender o rito dentro da gestão pública. Não somos concorrentes, mas sim, parceiros e que também temos responsabilidades com a cidade. A CPI se propõe a ser um contribuinte na busca por soluções e a participação de todos é importante para encontrarmos a solução”, pontuou.
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