Mosquito-palha

Maranhão registra 253 casos de leishmaniose visceral em humanos em 2021

Ações preventivas são levadas a cidades com alta incidência da doença.

Imirante.com, com informações da SES

Atualizada em 26/03/2022 às 18h27
O ciclo inicia quando o mosquito fêmea infectado pica um cão.
O ciclo inicia quando o mosquito fêmea infectado pica um cão. (Foto: Divulgação)

SÃO LUÍS - O Maranhão notificou 253 casos confirmados de leishmaniose visceral em humanos no ano de 2021. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), que mantém o programa de Vigilância e Controle das Leishmanioses.

A doença é transmitida pela picada de um mosquito fêmea infectado. O mosquito flebotomíneo (mosquito-palha) pica o cão, que se torna transmissor da doença. O animal não transmite diretamente a doença para o humano. É necessário novamente que o mosquito seja o vetor da transmissão da infecção do cão para o humano.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) realiza até esta quarta-feira (2), atividades de encoleiramento de cães nas cidades de Caxias e Timon. A estratégia, em apoio aos municípios, tem o objetivo de prevenir a leishmaniose visceral em localidades de alta incidência do mosquito-palha, inseto transmissor do parasita responsável pela infecção da doença em animais e humanos.

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Entre os municípios com maiores médias de casos e taxas de incidência, nos últimos três anos, estão Açailândia, Amarante do Maranhão, Aldeias Altas, Balsas, Barra do Corda, Bom Jesus das Selvas, Buriti Bravo, Buriticupu, Buritirana, Caxias, Chapadinha, Codó, Duque Bacelar, Grajaú, Gov. Edison Lobão, Imperatriz, Jenipapo dos Vieiras, Passagem Franca, Porto Franco, Riachão, São Domingos do Maranhão, São João dos Patos, São José de Ribamar, São Luís, Timon, Vargem Grande e Zé Doca.

A execução de atividades de prevenção da leishmaniose visceral é de responsabilidade das secretarias municipais de saúde nos 217 municípios maranhenses e deve ser tratada como ação permanente. Os municípios prioritários que aderiram ao encoleiramento vão receber os itens enviados pelo Ministério da Saúde para o quantitativo de animais a serem encoleirados.

As coleiras agem como repelente contra o inseto transmissor e deve ser colocada no pescoço dos cães, a partir de três meses de idade. Por agir como inseticida, é recomendada a troca da coleira a cada seis meses.

A leishmaniose visceral quando não tratada pode evoluir para morte em mais de 90% dos casos. Em caso de suspeita, o Sistema Único de Saúde oferta diagnóstico e tratamento para humanos nas Unidades Básicas de Saúde.

Os animais suspeitos podem receber diagnóstico nas Unidades de Vigilância em Zoonoses (UVZ) dos municípios ou em clínicas veterinárias. Embora não haja cura, os cães podem ser tratados para melhoria clínica e redução da transmissão.

Saiba identificar os sintomas da doença


Humanos
• Febre
• Emagrecimento
• Palidez
• Desânimo
• Apatia
• Aumento do volume de fígado e baço
• Complicações cardíacas e circulatórias

Cão
• Aumento do volume de fígado e baço
• Ferimentos na pele, costas, focinho e orelhas
• Lesões na córnea
• Unhas crescidas
• Desânimo
• Apatia

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