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Governistas mantêm assédio ao presidente da Assembleia Legislativa

O vice-governador Carlos Brandão voltou a se encontrar com Othelino Neto para tratar as eleições de 2022 e a composição da base governista na Assembleia foi o novo argumento para convencer o comunista.

Imirante

Atualizada em 02/05/2023 às 23h37
Othelino Neto tem sido procurado por palacianos , mas mantém a decisão de apoiar o senador Weverton Rocha
Othelino Neto tem sido procurado por palacianos , mas mantém a decisão de apoiar o senador Weverton Rocha (Foto: Divulgação)

O vice-governador Carlos Brandão (PSDB) voltou a se reunir, na semana passada, com o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB). O encontro aconteceu durante a tarde, antes do ato político de Brandão com deputados que apoiam sua pré-candidatura ocorrido na noite de quinta-feira, 16. Mais uma vez, o tucano tentou convencer Othelino a aderir a sua corrida pelo Palácio dos Leões, mas não obteve êxito.

O novo argumento do vice-governador se baseou nos números favoráveis do tucano na Assembleia Legislativa. Em tese, ao se tornar governador no fim de março do próximo ano, Carlos Brandão deve contar com o apoio de 28 parlamentares.

O que disse Brandão não convenceu Othelino Neto, que sabe que de seu lado após a troca de comando do Leões podem ficar cerca de 14 deputados. E mesmo sabendo do número desfavorável que ele terá de administrar na Assembleia em abril do próximo ano, o comunista prefere se manter no projeto de fazer o senador Weverton Rocha (PDT) governador do Maranhão em 2022.

Mas ainda que se mantenha firme em sua decisão a favor do aliado pedetista, Othelino Neto ainda não deixará de ser assediado pelos governistas. Carlos Brandão e seus aliados manterão sempre que possível o diálogo com o presidente da Assembleia para trazê-lo para o lado do Palácio dos Leões.

De saída

Já é certa a saída de alguns secretários estaduais de Flávio Dino (PSB) após decisão final de 31 de janeiro sobre o candidato do grupo palaciano ao governo do Maranhão.

Os secretários Márcio Honaiser (Desenvolvimento Social) e Jefferson Portela (Segurança), por exemplo, devem entregar suas pastas.

Os dois são pré-candidatos a deputado federal e são apoiadores de Weverton Rocha. Se a decisão for confirmada pró-Brandão, os dois secretários não querem esperar para serem exonerados em abril.

A favor do veto

De olho nos recursos eleitorais para 2022, dos 18 deputados federais da bancada do Maranhão, somente um decidiu votar pela manutenção do veto do presidente Jair Bolsonaro ao Fundão Eleitoral.

Josivaldo JP (Podemos) preferiu manter o veto que reduziu o valor dos recursos destinados para financiar campanha eleitoral.

Os demais, mesmo o deputado Aluisio Mendes (PSC), que é vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, preferiu votar contra o aliado e ter mais recursos eleitorais em 2022.

Encontro

Depois que se encontrou com o prefeito Eduardo Braide (Podemos) em evento religioso, o senador Weverton Rocha voltou a tentar diálogo com o gestor de São Luís.

Pela campanha de 2020, na disputa pelo segundo turno, uma das exigências do pedetista foi a de ter Braide em seu projeto de ser candidato a governador.

O ato político de Rocha (Maranhão mais feliz) na capital maranhense estava certo de acontecer e ter Eduardo Braide anunciando apoio o pedetista.

Vai cumprir?

Mas o ato foi suspenso e um dos motivos foi exatamente a ausência de Eduardo Braide. O prefeito de São Luís – como de costume – fechou os canais de conversas com Weverton e seus aliados.

Por isso, o momento final do “Maranhão mais feliz” não aconteceu. Com o encontro entre o senador e o prefeito, a expectativa dos “rochistas” é de que o diálogo ocorra novamente.

Resta saber se Eduardo Braide vai mesmo cumprir o que foi acordado em 2020 ou não. E se for cumprir, se deixará somente isto para a campanha eleitoral.

Polêmica

Os vereadores de São Luís votarão na quarta-feira, 22, o projeto de Lei Orçamentária de 2022. A previsão é de que haja polêmica na votação.

Isto porque a Comissão de Orçamento da Casa incluiu uma emenda que prevê reajuste salarial de 7,4% para os servidores públicos municipais.

A orientação da Prefeitura para seus aliados é de que a emenda não passe, já que há dificuldades da gestão com a folha de pessoal que é inchada e beira o limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Preocupação

Os vereadores aliados do prefeito Eduardo Braide, no entanto, estão preocupados com a repercussão da votação contra o reajuste salarial dos servidores.

Os parlamentares da base de Braide na Câmara sabem que serão eles os responsáveis pelo não reajuste, já que a proposta foi feita pela própria Casa.

Devido a esta repercussão, por sinal, o presidente da Comissão de Orçamento, Marquinhos Silva (DEM) tem sido pressionado para que a emenda não seja incluída no relatório da proposta orçamentária.

E mais

- O senador Roberto Rocha tem se movimentado mais para definir seus rumos políticos em 2022. Ele ainda analisa as condições para buscar a reeleição.

- E para isto, ele precisa de um partido forte, que poderá ser o PL. Nesta legenda, segundo o senador, o diálogo se dará mais facilmente porque há uma amizade dele com o presidente estadual da sigla, Josimar de Maranhãozinho.

- Há quem garanta, no entanto, que Roberto Rocha não quer disputar a reeleição para não perder o pleito para o governador Flávio Dino.

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