SÃO LUÍS – Recebeu alta, nessa quinta-feira (18), Roberto Rocha Júnior, de 32 anos, após ter sido diagnosticado com uma variante do novo coronavírus, chamada P1, segundo ele informou em rede social. Ele é filho do senador Roberto Rocha. Roberto Júnior foi internado em um hospital da rede particular da capital após apresentar sintomas que mostram que a mutação do vírus é ainda mais agressiva.
No dia 30 de janeiro, Roberto Júnior notou, segundo conta, que algo estava errado enquanto praticava exercício físico, algo regular no seu dia a dia. “Nunca fumei, não tenho comorbidades, tem quase um ano que não bebo, faço atividade física pelo menos 6 vezes por semana”, diz a publicação no perfil dele em rede social.
“Até o 8 dia de isolamento eu não sentia nada demais além de moleza no corpo e algumas dores nas juntas. Leve dor de cabeça e uma tosse fraca quase que passava desapercebida. Nono dia em diante as coisas começaram a mudar. Mesmo me alimentando bem, descansando o dia todo, tomando todas as providências de protocolo da doença, comecei a pegar febre, calafrios, falta de ar, cansaço, enjoo, dores fortes na cabeça e nos olhos, tontura, dores nas juntas do corpo, dor no peito. A cada dia que passava ia piorando. Fui ao hospital mas apesar de todas esses problemas eu tinha algo ao meu favor: minha saturação de oxigênio no sangue. Sempre acima de 98”, divulgou Roberto Júnior em rede social.
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No dia 12 de fevereiro, ainda segundo a publicação, Paulo foi parar no hospital com batimento cardíaco muito acelerado, dor no peito e falta de ar. “Resultado da tomografia foi de 50% do pulmão comprometido, uma inflamação grave, infecção tão grave quanto, pneumonia, saturação 88 e batimento cardíaco 135. Não peguei um covid comum. Peguei uma mutação chamada P1. Uma cepa muito mais agressiva, forte, poder de contágio mais alto e com uma resistência alta a anticorpos. Tive que internar. Fui direto pro oxigênio e medicado com corticoide e antibiótico”, explica Roberto Júnior na publicação.
A variante que atuava no organismo de Roberto o impedia até de fazer ações básicas. “Me mexer na cama era mais cansativo que fazer 30 min de esteira a 13km/h que há alguns dias era normal pra mim. Durante esse dia, tive uma grave crise de tosse após engasgar com saliva. Isso mesmo. Saliva. Acabei passando 7 min sem conseguir respirar”, diz a publicação.
A saturação de oxigênio, que era de 98 no início dos sintomas, chegou a cair para 78. Chegou perto de ir para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ser entubado, quando os sinais de recuperação começaram a aparecer. “Hoje tive alta no 18 dia da doença. Me sinto cansado ainda, ainda estou sem conseguir respirar direito, tosse ainda incomoda e meu pulmão ainda permanece prejudicado. Começo ainda hoje um tratamento de fisioterapia respiratória pra não ficar com sequelas e a estimativa é que daqui uns 20-30 dias eu esteja 100% recuperado. Escrevo esse texto pra poder tentar abrir os olhos de quem acha que isso passou e que nunca vai acontecer com a gente. Eu pensava um pouco assim”, concluiu o filho do senador.
Veja a publicação:
Procurado pelo Imirante.com, Roberto Júnior ressaltou que fez a publicação como forma de “alertar as pessoas que assim como eu estavam meio relaxadas”, declarou. Ele disse que foi diagnoticado com a variante P1 no hospital São Domingos onde ficou internado.
O Imirante procurou também a assessoria de Comunicação do hospital São Domingos para pedir mais informações sobre esta nova variante, no entanto eles não confirmaram que houve registro da nova cepa na unidade. Leia a nota:
"O Hospital São Domingos, seguindo seu Código de Ética e Conduta, não fornece informações sobre seus pacientes, salvo quando autorizado por escrito por ele ou seus familiares.
Quanto à nova cepa, à qual você solicita informações, não tivemos nenhum registro no hospital.
Todos os exames para rastreio de Covid-19 de pacientes do Hospital são feitos em laboratórios terceirizados credenciados e no laboratório estadual Lacen, que não nos informaram nenhum caso desta referida cepa em nossos pacientes."
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