SÃO LUÍS - Francisco das Chagas Ramos, conhecido como “Chiquinho”, foi condenado a 13 anos e 9 meses de reclusão pelo assassinato e ocultação do cadáver de uma mulher, ocorridos no dia 27 de janeiro de 2008, por volta de 12h, em uma granja no bairro Cruzeiro de Santa Bárbara. O motivo do crime seria ciúmes que o acusado sentia do namorado da vítima, com o qual mantivera um relacionamento homoafetivo. O julgamento ocorreu nessa segunda-feira (5), no 1º Tribunal do Júri de São Luís.
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O júri foi presidido pelo juiz Flávio Roberto Ribeiro Soares. Atuaram na acusação a promotora de Justiça Cristiane Lago e na defesa, o defensor público Adriano Campos. Na sentença, o magistrado afirma que o “réu praticou o crime com requinte de crueldade e apresentou desprezo para com a pessoa da vítima; era capaz à época do fato e tinha pleno conhecimento da ilicitude de sua conduta”. Destacou, ainda, que não há nos autos laudo psicossocial firmado por profissional habilitado e no depoimento do acusado não foi notado qualquer comportamento que leve a suspeita de perturbação mental.
Francisco das Chagas cumprirá a pena em regime fechado, na Penitenciária de Pedrinhas. O juiz concedeu ao réu o direito de recorrer da decisão do júri em liberdade, tendo em vista que ele confessou o crime, compareceu aos atos processuais para os quais foi intimado e não apresenta comportamento que coloque a sociedade em risco.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o acusado arquitetou um plano, dirigindo-se até a residência da vítima e a convidou para comparecer à granja onde ele trabalhava, sob a justificativa de que iria lhe entregar uma encomenda deixada pelo namorado dela. Quando Edilene Pereira chegou ao local, por volta das 12h, Francisco das Chagas aplicou-lhe duas pauladas na cabeça e uma facada no pescoço. Em seguida, ele enterrou o corpo no quintal do estabelecimento comercial.
Segundo os autos, o motivo do crime seria porque a vítima namorava Denilson Meneses Silva, com quem o acusado manteve um relacionamento homoafetivo. Ao ser interrogado, durante o julgamento, o réu confessou ter matado a mulher e disse não saber o motivo para ter cometido o crime, mas alegou que havia sido ameaçado verbalmente de morte, uns quatro dias antes, por ela. Também contou detalhes de como assassinou e enterrou o corpo da mulher.
Em seu depoimento, o namorado da vítima disse que tivera um envolvimento amoroso com o acusado por um período de mais ou menos 10 meses, mas havia rompido o relacionamento, e que estava namorando Edilene Pereira fazia apenas uma semana. A vítima tinha duas filhas pequenas.
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