SÃO LUÍS – Barro, sol a pino e uma convidada indesejada entra na casa da família Bruzaca fazendo estragos. A poeira tornou-se o maior carrasco dos moradores da rua Nova, no Anil, desde que o asfalto começou a desaparecer. O tráfego intenso de carros e ônibus no local, aliado à falta de manutenção, causou problemas na pavimentação. Com isso, só restou o barro que, constantemente, pega carona com o vento até as casas da região.
“Aqui, já queimou uma televisão, três ventiladores, tudo por causa da poeira. Tivemos que colocar plásticos nas janelas. A gente só tem prejuízo. Só o conserto da TV ia sair por R$ 500”, conta a dona de casa Lousiene Bruzaca, que preferiu comprar outra televisão. Ela mostra o aparelho danificado que, da sala, foi parar no quintal.
A vizinha molha a frente da casa todos os dias para tentar frear a poeira que, também, deu prejuízos a ela. “Queimou a placa-mãe do computador, e a gente mandou arrumar. O técnico falou que era só poeira. Agora, ele já está funcionando, mas o prejuízo foi de R$ 200”, relata a estudante Brenda Coutinho.
Do outro lado, mais danos. “A TV e o DVD queimaram. Nós chamamos um técnico que falou que o problema era poeira. Agora, só outra lente para o DVD porque essa se perdeu. Para colocar uma nova, ele disse que é de R$ 50 a R$ 100”, afirma o pintor Josinaldo Castro.
O professor do Departamento de Engenharia Eletrônica José Gomes explica que essas partículas podem mesmo danificar aparelhos eletrônicos, mas somente um profissional qualificado poderá dar esse diagnóstico. “Um técnico, um profissional precisa fazer uma análise apurada. Ele vai abrir o equipamento e verificar. Mas é possível, sim, que, se a poeira se impregnar nos componentes eletrônicos, ela venha causar algum problema”, pondera.
Para evitar prejuízos como o dos moradores da uua Nova, o professor dá uma dica bem simples. “Capas ajudam, mas, no momento de uso, vão ser tirados. Então, pode passar um pano seco no equipamento desligado. O próprio manual, que vem com o aparelho, tem informações sobre procedimentos de limpeza”, aponta.
Protesto
Com o problema, os moradores interditaram a rua, por onde passavam ônibus de três linhas – “Piquizeiro”, Pão de Açúcar e Pedra Caída –, e exigem a pavimentação no local. A Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) havia informado que iniciou a obra de recuperação asfáltica, porém os transtornos continuam.
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