Dia Nacional do Voluntário

Donnos da Alegria: a nobre arte de ser voluntário

A Lei 9608/98 caracteriza trabalho o voluntário.

Luciano Dias / Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h51

SÃO LUÍS - Ser voluntário é doar seu tempo, trabalho e talento para causas de interesse social e comunitário, e, com isso, melhorar a qualidade de vida de uma comunidade ou de um pequeno grupo de pessoas. No dia 28 de agosto de 1998 foi criada uma lei para oficializar essa nobre arte.

A Lei 9608/98 caracteriza como trabalho voluntário a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade.

Existem diversas formas e oportunidades de participação e, na capital maranhense, não poderia ser diferente. Com o slogan “Fazer sorrir é o melhor Remédio”, o grupo de jovens de coração nobre, tem como objetivo principal o foco nas crianças doentes.

 Foto: Divulgação.
Foto: Divulgação.

“É um trabalho que supera a questão de ser voluntário. O projeto é uma paixão. A minha vida mudou pra melhor. Meu irmão, Antonio Brunno, deixou esse grande presente para minha vida e para todos que fazem os Donnos da Alegria, essa maravilhosa família”, disse Adriana Pessoa, coordenadora do projeto.

Os doutores em “Besteirologia”, como gostam de ser chamados, levam alegria, sonhos e esperança a crianças internadas em três hospitais de São Luís. O grupo formado por jovens e adultos com idade de 16 a 33 anos, levam na bagagem compromisso, responsabilidade, lealdade e desejo de mudar o que, às vezes, parece ser impossível de proporcionar, e tudo isso para transformar uma lágrima em um sorriso.

Antonio Brunno, idealizador do projeto, foi um jovem maranhense que carregava no seu coração o desejo de poder melhorar a vida do próximo. Para Brunno, mais difícil era fazer as pessoas entenderem que aquele trabalho era muito mais importante do que ir à praia ou à quadra de esporte num domingo de sol, por isso teve a ideia de recrutar seus primeiros discípulos (amigos para o trabalho), mas nunca deixou de ir, e, em algumas ocasiões, foi sozinho. Mas, quando precisava de ajuda, costumava usar das suas brincadeiras, convidando os amigos para irem à praia com ele, mas acabavam indo ao hospital.

 Foto: Divulgação.
Foto: Divulgação.

Antonio Brunno morreu em São Paulo no dia 28 de março de 2011, com 22 anos.

“Quero e gostaria de ter muitas coisas: meios para ajudar, conforto, espaço, gente a meu lado, até riquezas eu gostaria de ter, mas uma só coisa eu preciso e para tudo eu dependo dele: DEUS, sou dependente de Deus e só dele tenho necessidade.” (Antonio Brunno)

Apesar de sua triste e difícil partida, o projeto e legado do Antonio Brunno Pessoa continua vivo graças aos seus amigos e famílias com pelo menos três visitas semanais, além de manter uma casa de apoio que recebe pessoas oriundas do interior do Estado que vêm realizar tratamento na capital, e o projeto Filhos de Antonio Brunno que ajuda cerca de 60 famílias de bairros carentes de São Luís.

 Foto: Divulgação.
Foto: Divulgação.

E para lembrar do Dia Nacional do Voluntário, nada melhor do que ter um exemplo inspirador aqui mesmo na cidade de São Luís. Para conhecer o trabalho dos jovens, basta acessar a página, no Facebook, dos Donnos da Alegria.

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