Atendimento

Falta de serviços em postos causa superlotação de UPAs

Sem médicos em unidades mistas, doentes buscam atendimento nos postos de saúde do Estado.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 11h55
(Flora Dolores/O Estado)

SÃO LUÍS - Por causa da falta de serviços considerados essenciais em hospitais e unidades mistas da capital maranhenses, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estão com grande demanda de pacientes que buscam, nesses locais, serviços ambulatoriais e de emergência. Com a demanda excessiva, dependendo do horário, algumas pessoas que procuram uma das cinco UPAs de São Luís (Araçagi, Parque Vitória, Itaqui-Bacanga, Vinhais e Cidade Operária) estão aguardando, em média, de duas a cinco horas para serem atendidas.

Na UPA Itaqui-Bacanga, segundo a direção, em dias com maior fluxo de pacientes, são feitos de 400 a 800 atendimentos. A grande maioria, antes de se deslocar para a UPA, procurou, sem sucesso, uma unidade de saúde administrada pela Prefeitura de São Luís.

O Estado presenciou, por volta das 15h30 de ontem (24), na UPA Itaqui-Bacanga o drama do aposentado Antônio Ferreira da Costa, de 84 anos. Ele, acompanhado por familiares, estava no local desde as 11h. "Antes, fomos a Unidade Mista do Itaqui-Bacanga e lá, recebemos a informação de que não havia médico. Estamos aqui há um bom tempo aguardando para que meu pai receba atendimento e até agora nada foi feito. Por causa da falta de médicos na unidade municipal, estamos aqui, assim acontece com várias pessoas", disse a filha do aposentado, Maria Luiza Ezequiel, moradora da Vila Mauro Fecury.

O estudante Marcelo Louzeiro, de 22 anos, morador da Vila Maranhão, também esteve na UPA Itaqui-Bacanga, na tarde de ontem, em busca de atendimento para a mãe, Maria Aparecida Louzeiro, de 43 anos, que tinha febre alta e dor de cabeça. Questionado sobre o motivo de não ter sido atendido no Centro de Saúde Yves Parga (da Prefeitura de São Luís), na Vila Maranhão, o estudante disse que nem procurou a unidade municipal. "Todas as vezes que chego lá, nunca sou atendido ou me encaminham para outro local. Dessa vez, decidi direto aqui, apesar de estar lotado, ainda vale à pena vir na UPA", afirmou.

A diretora-administrativa da UPA Itaqui-Bacanga, Perpétua Brito Feitosa, afirmou que o local tem uma equipe permanente, constituída por cinco médicos, além de enfermeiros. "Estamos fazendo o possível para dar conta de tudo. Porém, a gestão da saúde precisa ser compartilhada, o que não está acontecendo. Muita gente que poderia estar sendo atendida em outro local está vindo para nossa unidade e como não podemos virar as costas para ninguém, pedimos paciência a todos. No entanto, cumprimos com nossa obrigação, que é a de atender a todas as pessoas", afirmou.

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