SÃO LUÍS – Nesta quinta-feira (13), comemora-se o "Dia Mundial do Rim". O serviço de nefrologia do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), em São Luís, realizam atividades com o tema "Um em 10: o rim envelhece, assim como nós". Em Brasília, a SBN realiza, ainda, um ato público no Congresso Nacional. Pelo menos 10 milhões de brasileiros são portadores da Doença Renal Crônica (DRC) e, provavelmente, nem sabem disso.
A DRC é reconhecida como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo: 500 milhões de pessoas são acometidas. De acordo com a SBN, atualmente, são mantidos em programa de diálise 100 mil pessoas no Brasil, a maioria tratada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil gasta mais de R$ 2 bilhões em tratamentos de doenças renais ao ano.
Segundo o médico nefrologista, Natalino Salgado Filho, trata-se de uma "nova epidemia no século". "O que é grave é que há um consenso que isso está sendo negligenciado por todos os programas de saúde pública do mundo inteiro", afirmou em entrevista ao Imirante.com – ouça na íntegra.
Além de controlar a quantidade de liquido no organismo, o rim produz hormônios, controla a anemia e equilibra o pH (acidez) do organismo, e quando as células perdem a capacidade de filtrar das substâncias benéficas a ele, "você passa por um processo de intoxicação". "Quando ele danifica, desestrutura o sistema funcional do nosso organismo", diz Natalino.
Alguns fatores são determinantes para o desenvolvimento da DRC. "As principais causas determinantes da perda da função renal estão relacionadas, no mundo inteiro, à diabetes. No nosso país, temos a diabetes, mas a hipertensão vem em primeiro lugar", explica o especialista. A obesidade, também, é um fator de risco.
Transplante
As complicações renais possuem graus. Nos mais elevado, é necessário o transplante de rim. No Maranhão, 411 pacientes foram transplantados em uma década no HUUFMA, o único no Maranhão a realizar o procedimento. Atualmente, 300 pessoas estão cadastradas na fila de espera pelo transplante.
Como o tratamento das complicações renais é caro, a prevenção, ainda, é o melhor caminho. "É um ciclo vicioso, e a população tem que entrar em um círculo virtuoso, que é controlar a pressão, controlar peso, fazer sua dieta para poder não desenvolver essas doenças e, portanto, proteger seus rins", finaliza.
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