Maranhão

Lançada pedra fundamental do Tegram

Capacidade do Porto do Itaqui chegará a 15 milhões de toneladas/ano até 2020.

Atualizada em 27/03/2022 às 12h15

SÃO LUÍS - Em solenidade realizada, nesta quarta-feira (7), na área do Porto do Itaqui, em São Luís, foi lançada a pedra fundamental do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram). Participaram do evento os secretários de Estado Maurício Macedo (Indústria e Comércio), representando a governadora Roseana Sarney; e Fernando Fialho (Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar); o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Luiz Carlos Fossati; o presidente do Consórcio Tegram, Marcus Menoita, além de investidores do Tegram e funcionários da Emap.

“O Maranhão sai na frente ao formalizar parceria entre a iniciativa privada e pública para realizar fortes investimentos na área portuária”, declarou Maurício Macedo. O secretário disse que o Tegram vai promover o resgate das regiões Norte e Nordeste que vão ganhar novas perspectivas na área agrícola. “Agradecemos a ousadia da iniciativa privada em nos apoiar e acreditar no potencial econômico maranhense”, ressaltou.

A expectativa é de que o Tegram entre em operação até o final de 2013, em sua primeira etapa, tornando o Porto do Itaqui referência nacional na exportação de grãos. Com o terminal, a capacidade instalada no Itaqui, que atualmente movimenta 2,5 milhões de toneladas de grãos/ano, chegará a 15 milhões de toneladas/ano até 2020, o equivalente a aproximadamente 1/3 da capacidade instalada para exportações de soja, milho e farelo pelos portos do Arco Norte, que inclui Porto Velho (RO).

"O Tegram vai superar em seis vezes a capacidade atual do Itaqui, abrindo ampla perspectiva para o agronegócio nessa região do país", revelou Luiz Carlos Fossati. Ele disse que o Maranhão estará fortalecendo a logística brasileira na exportação de grãos, abrindo novos horizontes com uma infraestrutura garantida, pois possui ferrovias e rodovias interligadas ao Itaqui. “Temos metas para os próximos 20 anos, o que vai assegurar um crescimento significativo ao Maranhão. Nosso objetivo é de atingir a capacidade de movimentar 150 milhões de toneladas de grãos/ano até 2031”, destacou.

Por meio do Tegram, o Maranhão desponta como uma saída para as exportações e mercado, reunindo condições para o adensamento da cadeia do agronegócio, a exemplo do que já ocorre na região Centro-Oeste.

O Terminal de Grãos, que será construído em duas etapas, terá capacidade estática de armazenamento de 500 mil toneladas (base soja), compreendendo quatro armazéns com capacidade de 125 mil toneladas/cada e movimentação final de 10 milhões de toneladas/ano na sua segunda fase, prevista para 2019. Isso dará ao Tegram ainda mais competitividade para atrair outras cargas. A cadeia do adensamento que tende a ser formada na área de influência do Tegram envolve alimentos como as carnes bovina, suína e de frango, fertilizantes, entre outros.

O volume de grãos, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em estados como Bahia (14%), Mato Grosso (12%) e Piauí (10%), área de influência do Tegram, a expectativa é de aumento da área plantada. Para a safra atual, é esperada uma produção de 182,27 milhões de toneladas, contra 165,7 milhões da safra passada.

Investimento

O Consórcio Tegram é formado pelas empresas NovaAgriInfra-Estrutura de Armazenagem e Escoamento Agrícola S.A, Glencore Serviços e Comércio de Produtos Agrícolas Ltda, CGG Trading S.A e Consórcio Crescimento, integrado pelas empresas Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A e Amaggi Exportação e Importação Ltda que ofertou à Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) R$ 143,1 milhões a título de taxa de oportunidade de negócio. Outros R$ 322 milhões serão investidos para a construção do terminal até o final de 2013.

O presidente do Consórcio Tegram, Marcus Menoita, destacou que todos os investidores estão absolutamente convictos de que a iniciativa vai representar o crescimento agrícola dos estados mais próximos ao Maranhão como o Tocantins, Piauí, Pará, Bahia e Mato Grosso. “São milhões de hectares aptos para a agricultura que ficavam sem investimentos devido à falta de infraestrutura logística. O Norte e o Nordeste ficaram anos estagnados deixando de gerar riquezas, um problema que será resolvido com a instalação do Tegram”, declarou.

Logística

A construção do Tegram, a entrada em operação da Ferrovia Norte-Sul, de Palmas (TO) até Açailândia (MA) e a sua conexão com a Estrada de Ferro Carajás (EFC) criaram as bases para o corredor, que tem o Porto do Itaqui como destino.

Com a implantação de novos terminais no Norte do país, estima-se que 2/3 das cargas transferidas hoje para portos do Sul e Sudeste, cerca de 30 milhões de toneladas, sairiam pelos portos do arco-norte.

Some-se a isso a ampliação do Canal do Panamá, que com a obra permitirá passagem de graneleiros de até 60 mil toneladas para 150 mil toneladas. Na rota para a Ásia, principal destino da soja brasileira, estima-se uma redução no frete da ordem de 20%, o que beneficiará portos como o Itaqui, no Maranhão.

As informações são da Secom do Estado.

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