SÃO LUÍS - A assessoria de comunicação do Hospital Universitário se pronunciou sobre a denúncia do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) ao Poder Judiciário contra quatro médicos da equipe de nefrologia do Hospital Universitário Presidente Dutra, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por uma série de erros que culminaram com a retirada do rim esquerdo de Josevan Ferreira Rufino (órgão foi removido para ser transplantado na irmã dele, Jacqueline Ferreira Rufino, paciente renal crônica). Segundo a assessoria, até o momento “a UFMA não foi citada e aguarda ser comunicada oficialmente para prestar os devidos esclarecimentos perante a Justiça".
No caso, foram denunciados à Justiça a médica nefrologista Giovanna Parada Martins, que na época era Coordenadora do Transplante Renal do Hospital Universitário, por não solicitar exame de avaliação prévia do doador; o médico cirurgião urologista transplantador Leonildo de Sousa Coelho, por participar da retirada do rim; a médica clínica-geral e nefrologista Maria Inês Gomes de Oliveira e o médico urologista Erivaldo Sousa dos Santos, por não considerarem os critérios técnicos de exclusão do doador.
Entenda o caso
No depoimento ao MP-MA, os médicos alegaram que durante a cirurgia, realizada em agosto de 2006, foi descoberto que o rim do doador tinha três artérias renais, condição que exclui o aproveitamento do órgão para transplante. Mesmo assim, o órgão foi retirado.
No transplante de Jacqueline Rufino, a paciente apresentou uma complicação, trombose na veia externa, e o rim transplantado não apresentou circulação sanguínea. Por causa disso, o órgão foi retirado e encaminhado ao setor de patologia do Hospital Universitário.
Durante a investigação, a Promotoria de Defesa da Saúde de São Luís determinou a realização de exame de DNA, comprovando que o rim transplantado na receptora não foi o mesmo retirado do irmão dela. Dois exames foram realizados: o primeiro no Instituto de Criminalística da Secretaria de Segurança Pública da Bahia e o segundo no Instituto Nacional de Criminalística do Ministério da Justiça. A equipe médica, também, não explicou a origem do rim transplantado na paciente.
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