Censo 2010

Monte Castelo e Bairro de Fátima são as áreas mais populosas de SL

Os dados são do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Wilson Lima / O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h36

SÃO LUÍS - Dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que os bairros Monte Castelo e Bairro de Fátima apresentam hoje os setores com as maiores concentrações populacionais de São Luís. O estudo também revela uma natural urbanização das regiões nordeste e leste de São Luís, em bairros como Santa Rosa e Cidade Operária.

Hoje, segundo dados do IBGE, São Luís tem uma densidade populacional média de 1,2 mil habitantes por quilômetro quadrado. É como se cada habitante da capital maranhense, sozinho, ocupasse um terreno de aproximadamente 833 metros quadrados. Em todo o Maranhão, a densidade populacional é de 17 habitantes por quilômetro quadrado.

Dentro desse universo, a região mais populosa de São Luís está no Monte Castelo, entre a 2ª Travessa Raimundo Corrêa e as ruaz da Fortuna e Paulo Frontim. Nessa região, o Censo 2010 revelou que existe na área uma concentração populacional média de 28.650 por quilômetro quadrado. Ou uma pessoa para cada 34 metros quadrados, pouco mais da metade do tamanho de um apartamento popular do Programa de Arrendamento Residencial (PAR).

A densidade populacional desse trecho do bairro do Monte Castelo, por exemplo, é o quádruplo da média de moradores por quilômetro quadrado em Pequim, capital da China. Lá, a média é de 7,4 mil habitantes por quilômetro quadrado. Também é quatro vezes maior que a densidade populacional de São Paulo, hoje na casa dos 7,3 mil habitantes por quilômetro quadrado.

No Bairro de Fátima está a terceira região com maior número de moradores de São Luís. Entre as ruas Hugo da Cunha Machado e a Neiva Moreira, a média é de 25,4 mil habitantes por quilômetro quadrado. Em um trecho do bairro, a média de moradores chega a 24,9 mil habitantes por quilômetro quadrado. O bairro Coroadinho, nas proximidades das ruas da Vitória, Boa Esperança e São Francisco, a média de moradores chega a 25,2 mil pessoas por quilômetro quadrado.

Às vezes, duas, três e até quatro famílias diferentes dividem um mesmo imóvel. A aposentada Dacinelva Inês de Sá Melo, de 75 anos, mora na Rua da Fortuna, no Monte Castelo. Com ela, residem outras nove pessoas em um sobrado de pouco mais de 300 metros quadrados. Entre os quais, filhos e netos. “No fim de semana, todo mundo da família vem pra cá. Acho que sou uma boa sogra e uma boa mãe”, brinca a aposentada.

A autônoma Antônia Pereira dos Santos, de 63 anos, mora no Monte Castelo, em uma casa de pouco mais de 60 metros quadrados com outras 11 pessoas. Destas, são quatro adultos e sete crianças. Ela vive apenas com a ajuda de amigos, com o auxílio do Bolsa Família de duas das sete crianças, mais o salário de uma irmã, que é técnica administrativa.

Existem duas camas na casa. Uma é dividida por4 até quatro pessoas. Na sala, as escápulas e as redes pré-armadas revelam o verdadeiro malabarismo feito pela família para dividir uma casa tão pequena entre tantos membros. “Não é a coisa mais fácil, mas a gente tenta improvisar e dar o máximo de conforto a todos”, declarou

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