Maranhão

Municípios em situação de alerta contra dengue

Até o momento, Caxias, Imperatriz e Timon estão em situação de alerta.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h46

SÃO LUÍS - A nova avaliação nacional das informações sobre infestação por larvas do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, mostra que no Maranhão, das cinco cidades que enviaram as informações do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) até o momento, três estão em situação de alerta: Caxias, Imperatriz e Timon. São Luís, que no último levantamento, realizado em 2009 teve como resultado a situação de alerta, agora apresenta índice satisfatório.

A metodologia permite identificar onde estão concentrados os focos do mosquito em cada município. Neste ano, 425 cidades estavam programadas para participar do LIRAa. Ano passado, foram 169.

Do total de municípios previstos para este ano, 300 já enviaram as informações ao Ministério da Saúde até o momento. Em outras 118 cidades, o estudo está em andamento – e sete inicialmente previstas decidiram não realizar o levantamento.

A divulgação do LIRAa 2010 é simultânea ao lançamento da Campanha Nacional de Combate à Dengue para reforçar o alerta que vem sendo feito pelo Ministério da Saúde desde setembro, quando foi lançada a ferramenta Risco Dengue.

Este ano, a campanha aumentará o tom de alerta, com o testemunho de pessoas que tiveram dengue e lembrando as que morreram em decorrência da doença.

“Embora o grau de conhecimento das pessoas sobre a doença e a prevenção seja alto, em torno de 96%, o brasileiro sabe que tem papel fundamental na eliminação dos focos do mosquito, o que ainda é um desafio no Brasil. Prova disso é o resultado do LIRAa deste ano”, alertou o ministro José Gomes Temporão.

Ferramenta - A nova ferramenta, lançada em setembro deste ano pelo Ministério da Saúde e pelos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais (Conass) e Municipais (Conasems), combina cinco critérios para avaliar o risco de epidemias de dengue nos Estados – incidência de casos nos anos anteriores, índices de infestação pelo mosquito transmissor, tipos de vírus da dengue em circulação, densidade populacional e cobertura de abastecimento de água e coleta de lixo.

O Risco Dengue reforça o caráter intersetorial do controle da doença e permite aos gestores locais de saúde intensificar e antecipar as diversas ações de prevenção nas áreas de maior risco.

Para o verão de 2011, o Risco Dengue aponta 10 estados brasileiros com risco muito alto de epidemia, entre eles o Maranhão. Estes estados receberão a visita do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, nas próximas semanas, para mobilizar gestores e profissionais de saúde e veículos de comunicação.

Campanha - A Campanha Nacional de Combate à Dengue traz um novo olhar sobre a forma de lidar com a doença, com a qual o Brasil convive há 24 anos. Uma mensagem mais direta à população sobre a gravidade da dengue e sobre a necessidade de que cada pessoa elimine criadouros do mosquito em sua casa direciona as peças publicitárias impressas, na TV e no rádio.

A renovação de conceito e de estratégia partiu de uma pesquisa de opinião que revelou uma resistência das pessoas em mudar seu comportamento, embora 96% saibam quais os sintomas da dengue e como fazer para combater o mosquito transmissor. A mensagem de 2009, “Brasil unido contra a dengue”, foi substituída por outra, que reforça a responsabilidade do cidadão: “Dengue: se você agir, podemos evitar”.

As peças de TV e rádio terão depoimentos de pessoas que enfrentaram a doença e quase perderam familiares, além de declarações de líderes comunitários sobre a importância de cobrar também a ação dos gestores da saúde e de outros setores, como meio ambiente, saneamento básico e limpeza urbana.

A campanha terá, ainda, material específico para educadores, crianças e gestores e profissionais de saúde.

Cenário - Este ano, até 16 de outubro, foram notificados 936.260 casos de dengue clássica no país, dos quais 14.342 foram classificados como graves. O número de mortes foi de 592. No mesmo período de 2009, foram 489.819 notificações, com 8.714 casos graves e 312 óbitos.

A recirculação do sorotipo Denv-1,que havia predominado no país no fim da década de 1990, está entre os fatores que contribuíram para o aumento de casos em 2010.

Em quase todos os Estados, há um grande contingente populacional sem imunidade a este sorotipo.

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