BRASÍLIA - Floresta é a base da vida da comunidade de Maria Katiana Silva Souza, da região do Médio Mearim, no Maranhão. Maria Katiana é filha de quebradeira de coco-babaçu, atividade que é, mais que uma profissão, uma conquista, quase uma religião. O babaçu é como uma planta sagrada no Maranhão. Dele se aproveita a amêndoa, o mesocarpo, a palha, a madeira. Difícil é encontrar algo que não seja aproveitável nessa planta.
Mas as quebradeiras de coco tiveram que lutar muito para conquistar o direito de explorar os babaçuais. Como eles em geral estão em terras particulares, muitas vezes as quebradeiras de coco ficavam impedidas de entrar. Os conflitos duraram por décadas, mas foram vencidos com a aprovação de leis que garantem o acesso das quebradeiras aos babaçuais.
Toda essa história e os produtos resultantes dela estarão na VII Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária – Brasil Rural Contemporâneo, que se realiza de 16 a 20, na Concha Acústica, em Brasília.
Maria Katiana, representando a Cooperativa Babaçu Livre, trará para a feira sabonete de babaçu, obtido com base no óleo da amêndoa, e a farinha do mesocarpo do babaçu. Ela garante que o sabonete é um excelente hidratante natural, ótimo para quem tem a pele oleosa, mas igualmente bom para qualquer tipo de pele. A farinha? Um rico complemento alimentar, com propriedades anti-inflamatórias, rica em cálcio e vitaminas, boa para a gastrite. O produto entra em receitas de bolos, biscoitos, sorvetes e mingaus.
As informações são do MDA.
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