São Luís

Agentes e guardas paralisam atividades 2ª feira

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h55

SÃO LUÍS - Os agentes de trânsito e guardas municipais entrarão em greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira, dia 10. O efetivo pequeno de agentes de trânsito nas ruas deverá comprometer a fiscalização e aplicação de multas, pois a prioridade será atendimento a emergências, como acidentes. Já a suspensão do trabalho dos guardas municipais poderá prejudicar o acesso da população a serviços públicos do município.

A greve foi aprovada em assembléia das categorias no último dia 4, com a aprovação de reivindicação de redução da jornada de trabalho, que hoje é de 36 horas semanais, para 30 horas por semana, no caso dos agentes de trânsito; criação de estatuto para os guardas municipais; aumento do percentual de insalubridade de 20% para 40% e de risco de vida de 40% para 100%, e gratificação de percentual não determinado sobre o salário-base.

2009

As reivindicações haviam sido garantidas pela Prefeitura em novembro do ano passado, após uma paralisação de 48 horas das duas categorias, mas até hoje não foi cumprida, segundo afirmou Paulo Lima.

"Em vez de cumprirem o prometido, pioraram nossa situação aumentando a jornada de trabalho em seis horas", reclamou. De acordo com o presidente, a jornada foi ampliada há aproximadamente duas semanas. Isso teria motivado os trabalhadores a optar pela greve. Com a paralisação dos guardas municipais, diversos serviços serão afetados, entre eles o funcionamento de repartições públicas, de equipamentos de esporte e lazer, saúde, educação, escolas e patrimônio. A Defesa Civil Municipal também será afetada.

Agentes de trânsito

As atividades de fiscalização, aplicação de multas e orientação no trânsito ficarão em segundo plano. Há as infrações que somente o agente de trânsito pode notificar, como os motoristas que não

usam cinto de segurança ou dirigem falando ao celular. Outros exemplos são o estacionamento em locais proibidos e o uso indevido das vagas regulamentadas, como as exclusivas para deficientes. São Luís tem 309 agentes de trânsito. "Sem eles, o trânsito vai ficar ainda mais complicado", alertou o presidente do Sindicato dos Agentes de Trânsito de São Luís (Sindtrânsito), Paulo Lima.

Mesmo sem os agentes, continuam valendo as multas aplicadas pelos equipamentos de fiscalização eletrônica, que geram a maioria das autuações. Eles detectam infrações como excesso de velocidade, avanço de sinal vermelho, parada sobre a faixa de pedestres e conversões proibidas.

Comunicado

Quinta-feira, dia 6, os sindicatos enviaram comunicado sobre a greve à Prefeitura e à Procuradoria do Município. De acordo com os presidentes dos sindicatos, um protesto deve ocorrer na manhã da segunda-feira, dia 14, em frente à Biblioteca Municipal Benedito Leite, no Centro. Em seguida, os grevistas deverão sair em passeata até o Palácio de La Ravardière, sede da Prefeitura. Eles prometem permanecer em frente ao prédio até ser recebidos pelo prefeito João Castelo.

A expectativa dos grevistas é de que o prefeito apresente uma proposta à categoria. Se isso não acontecer, a tendência é de que os guardas permaneçam em greve, por tempo indeterminado. "O objetivo é pressionar a administração municipal para avançar nas negociações", explicou o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais do Estado do Maranhão, Weber Henrique Marques.

Mais

De acordo com o Sigmema e o Sindtrânsito, a suspensão do movimento depende de uma proposta que contemple melhorias para as categorias, que recebem hoje em torno de R$ 950,00 para agentes de trânsito e guardas municipais. "Temos um dos piores salários-base entre os guardas municipais do Brasil e, no Maranhão, diversos municípios pagam mais de R$ 1.000,00, como em Pinheiro, por exemplo. Trabalhamos com risco iminente e precisamos de melhor remuneração", afirmou Paulo Lima.

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