BRASÍLIA - A projeção de analistas consultados pelo Banco Central (BC) para a inflação oficial continua em alta. Segundo o boletim Focus, divulgado hoje (29), a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano apresentou a décima elevação seguida, para 5,16%. No boletim anterior, a previsão era de 5,10%. Para 2011, a projeção permaneceu em 4,70%.
As expectativas para o IPCA estão acima do centro da meta de inflação para este e o próximo ano, de 4,5%. Essa meta tem ainda margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite inferior é de 2,5% e o superior, de 6,5%.
Cabe ao BC perseguir a meta de inflação e para isso usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Banco Central considera que a economia está aquecida e a expectativa é de alta da inflação, a Selic é elevada. Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC deste mês foi decidido manter a Selic em 8,75% ao ano. Mas, na ata divulgada na semana passada, o comitê indicou que deve elevar os juros básicos na reunião marcada para o próximo mês.
A expectativa para a Selic ao final de 2010 permaneceu em 11,25% ao ano e para o fim de 2011 foi ajustada de 11,10% para 11% ao ano.
O boletim Focus também traz projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). A estimativa para esse índice, neste ano, subiu de 6,74% para 6,82%. Em 2011, os analistas esperam uma taxa de 4,55%, contra os 4,50% previstos anteriormente.
Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a perspectiva para este ano é de 6,54%, contra os 6,50% previstos anteriormente. No próximo ano, os analistas projetam 4,52%, a mesma estimativa anterior.
A expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) passou de 5,49% para 5,41%, em 2010, e permanece em 4,5%, em 2011.
A estimativa para os preços administrados passou de 3,67% para 3,70%, em 2010, e permaneceu em 4,50%, em 2011. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros.
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