Fiscalização

Anvisa estoura laboratório clandestino

O laboratório fabricava medicamentos para doenças como hipertensão, diabetes, gastrite e câncer sem autorização e alvará sanitário.

Atualizada em 27/03/2022 às 13h07

SÃO LUÍS – Em uma ação conjunta, realizada na tarde de hoje (8), a Polícia Federal, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa, a Superintendência de Vigilância Sanitária do Maranhão - Suvisa, e o Conselho Regional de Farmácia - CRF/MA fecharam um laboratório farmacêutico clandestino de grande porte em São Luís. Segundo Adilson Batista Bezerra, chefe da Inteligência da Anvisa, esta é maior apreensão de medicamentos irregulares e primeira fábrica de remédios fechada este ano no Brasil. Foi encontrada, aproximadamente, uma tonelada de medicamentos.

A ação faz parte da Operação Antídoto II, que foi deflagrada na último terça-feira (6), no município de Timon (MA), cujo objetivo é combater a falsificação e o comércio de medicamentos sem registros junto à Anvisa.

O laboratório Hensa-Pharma não possuía autorização de funcionamento nem alvará sanitário e foi flagrado fabricando medicamentos para doenças como hipertensão, diabetes, gastrite e câncer. Eram fabricados no laboratório 39 tipos de medicamentos. A apreensão foi feita na sede do laboratório, no bairro Vinhais.

As investigações, que foram realizadas pela inteligência da Anvisa e pela Polícia Federal, duraram cerca de seis meses e apuraram que a Hensa-Farma, apesar de não possuir autorizações dos órgãos oficiais, nem registros junto à Prefeitura Municipal de São Luís, ao Governo do Estado do Maranhão e ao Governo Federal, produzia e comercializava clandestinamente 39 tipos de medicamentos fitoterápicos que, de acordo com os rótulos, prometiam a cura de inúmeras doenças.

A equipe formada por 10 policiais federais, 10 agentes da Anvisa, 20 da Suvisa e 05 do CRF, chegou ao estabelecimento, por volta das 14h, fechou a fábrica e prendeu o proprietário.

Os agentes que estiveram no laboratório estimaram que havia no local cerca de uma tonelada de medicamentos prontos e mais de 500 quilos de matéria prima para produção das cápsulas, além de embalagens, invólucros, cápsulas vazias e rótulos.

Registro falso

Já foi preso em flagrante o proprietário do laboratório, Walter Santiago Pereira, 60 anos, que foi levado para a sede da Polícia Federal e é acusado de crime contra a saúde pública. Três funcionários do laboratório, dois homens e uma mulher, também foram para a sede da PF para prestar depoimento sobre o caso.

Walter Santiago Pereira, nas embalagens dos medicamentos, utilizava o número do registro no Conselho Regional de Farmácia nda farmacêutica Maria de Nazaré Silva, que não tem ligação nenhuma com a fraude. Walter Pereira também já utilizou o registro da farmacêutica Luciana Barros, que, inclusive, já apresentou queixa contra Walter Pereira.

Reincidência

Esta não é a primeira vez que Walter Santiago foi preso pelo mesmo motivo. Há cerca de um ano, segundo informações do repórter Marcial Lima, a Anvisa havia fechado outro laboratório, no bairro Coroado, que também era de propriedade de Walter Santiago. Na época, ele foi também foi preso em flagrante. Assista à reportagem da TV Mirante.

Fotos: Divulgação.

Com informações da Superintendência Regional da PF no Maranhão e da Mirante AM.

Atualizado às 19h20 para acréscimo de informações.

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