Brasil

Parentes de vítimas do voo 447 pedem apoio para reunião com órgão francês

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 13h09

SÃO PAULO - Parentes das vítimas do vôo 447 da Air France se reuniram na tarde desta terça-feira (8) com o chanceler Celso Amorim, no Itamaraty, em Brasília, para pedir que a diplomacia brasileira interceda no caso e tente agendar uma reunião entre o BEA (órgão francês que investiga o acidente) e familiares dos passageiros mortos. Eles pediram ainda apoio para a construção de um memorial às vítimas em Fernando de Noronha.

O Airbus da Air France caiu no Oceano Atlântico no dia 31 de maio com 228 pessoas a bordo. O voo 447 fazia o trajeto Rio de Janeiro–Paris. Não houve sobreviventes.

Segundo o diretor executivo da Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 447 (AFVV447), Maarten Van Sluys, a reunião “foi muito boa”. Ele disse que Amorim se comprometeu a enviar ainda nesta terça comunicado à embaixada brasileira em Paris solicitando que tentasse agendar uma reunião no Brasil com o órgão francês. “Queremos uma prestação de contas, saber o que já foi apurado, se vão continuar a buscar as caixas pretas ou não. Há muito desencontro de informações.”

A AFVV447 representa 25 famílias (20 de brasileiros, três de alemães e duas de franceses). “O apelo é para que o governo brasileiro, num momento festivo desses, de tantas celebrações, abra um parêntese para tratar da vida de 228 pessoas”, disse Sluys. A referência do diretor foi à celebração do Ano da França no Brasil, que envolve a realização de vários festejos culturais ao longo do ano em todo o país.

Outro pedido da associação feito a Amorim foi que interviesse junto ao Ministério da Justiça para que o governo brasileiro acelere a emissão de atestados de morte presumida das vítimas brasileiras do acidente. Até o momento, apenas as famílias de 20 brasileiros identificados receberam atestado de óbito. Outras 38 famílias cujos corpos de parentes não foram localizados aguardam o atestado de morte presumida.

Sluys disse que pediu em nome da famílias representadas o apoio do Itamaraty para a construção de um mausoléu em Fernando de Noronha em homenagem às vítimas do acidente. “Uma coisa simples, singela, com os nomes das pessoas”, afirmou. A construção do mausoléu, no entanto, depende de licença ambiental e autorizações do Ibama.

Ações

Segundo Sluys, várias famílias estão discutindo com advogados ações contra a Air France pela morte de seus parentes. “Isso é uma posição individual de cada família”, afirmou. Segundo ele, ações de indenização “são a única forma de punição às partes envolvidas com o acidente, para evitar futuras tragédias”.

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