SÃO LUÍS - O Grupo de Operações Técnicas do Corpo de Bombeiros já realizou mais de 100 vistorias em postos de distribuição e revenda de gás GPL (de cozinha). A fiscalização teve início em 16 de fevereiro último e continua sendo realizada, priorizando as denúncias de pontos de venda clandestinos feitas pela população.
Algumas indústrias de venda do GLP, como a Butano, a Liquigás e a Norte Gás Butano foram vistoriadas. A Norte Gás Butano quase foi interditada, pois a rede de hidrante não possuía pressão suficiente, o equivalente a 4 kg/cm². Entretanto, a indústria buscou a regularização e readequou o seu projeto de combate a incêndio.
Nos postos de revenda, o principal problema detectado foi no Certificado de Aprovação. Existia uma diferença entre a certificação dada pelo Corpo de Bombeiros e a classificação feita pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). “Em fevereiro de 2008, a ANP alterou a classificação para aumentar a segurança. Houve redução da capacidade de venda desses postos pela metade, o que contribui com a segurança, visto que a quantidade de botijões armazenados é menor”, explicou o coronel Célio Roberto.
A NBR 15.514 normatiza a área de armazenamento do GLP destinada à comercialização ou não. A norma é feita de acordo com a classe, que pode ser a especial ou dividida de um a sete. Conforme aumenta a classe, aumentam as exigências, já que existe uma quantidade maior de botijões armazenados. “O cilindro do botijão de gás é seguro, o que causa o acidente é a atividade paralela. Geralmente o incêndio começa nesse ponto e atinge o local em que os botijões estão armazenados. Poucos acidentes são causados por falha no equipamento”, alertou o major Wellington.
Como evitar acidentes com botijões
Armazenar os botijões em lugar arejado e térreo, obedecer as distâncias exigidas para que, em caso de vazamento, o gás possa dissipar-se;
Não armazenar os botijões próximos a lugar de reunião de público (a distância desses pontos deve ser de 10m a 90m, dependendo da classificação do posto de revenda);
Manter equipamentos que produzam calor a uma distância que varia entre 5m e 15m (dependendo da classificação);
Empilhar os botijões em, no máximo, quatro unidades;
Construir paredes com resistência de no mínimo 2 horas de calor e altura de 1,0m a partir do último botijão empilhado;
Manter os avisos de segurança (Proibido fumar e Perigo inflamável);
Ter preventivo móvel e fixo (extintor e hidrante);
Não fazer a revenda de botijões associada a outra atividade.
Em casa
Verificar a validade da mangueira, que deve ser trocada com o registro. A mangueira nunca deve ser passada por trás do botijão, pois ela aquece e derrete, ocasionando o vazamento do gás.
Não se deve vestir o botijão, pois geralmente o material utilizado é o plástico, muito suscetível ao fogo.
Não colocar sabão para vedar o vazamento, porque assim que o sabão seca o vazamento continua. A pessoa sai de casa e volta depois de muitas horas, como a vedação do botijão foi feita com o sabão, o que é ineficaz, o vazamento continua. Ao acionar o interruptor, pode ocorrer um incêndio.
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.