SÃO PAULO - O cineasta José Padilha, que conquistou neste sábado o Urso de Ouro do 58º Festival de Cinema de Berlim com o filme "Tropa de Elite", afirmou que o filme foi "mal interpretado", em resposta aos críticos que consideraram que o longa veicula idéias de extrema-direita.
"Quis explicar como o Estado corrompe os policiais e os incita à violência", declarou Padilha após a cerimônia de encerramento, antes de acrescentar: "O filme foi mal interpretado".
"Acredito que a grande maioria dos brasileiros compreendem o foco do filme", completou o diretor, de 40 anos.
"O que vemos acontece de verdade no Brasil; é triste mas é um fato", disse José Padilha.
Em seu primeiro longa de ficção, Padilha mostra a brutalidade da polícia que combate o tráfico de drogas nas favelas do Rio de Janeiro
Para a revista americana "Variety", "Tropa de Elite" é um filme de "ultradireita" e até mesmo "fascista".
Parte da crítica considerou o filme ambíguo, com ares de autoritarismo.
"Tropa de Elite" não estava entre os favoritos para o Urso de Ouro. Os filmes mais cotados para o prêmio eram "Sangue Negro", do americano Paul Thomas Anderson, indicado a oito Oscars e que levou o Urso de Prata de direção, e "Happy-go-Lucky", comédia do britânico Mike Leigh, que rendeu o Urso de Prata para a atriz Sally Hawkins.
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