Cresce o número de negros em universidades

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 14h12

SÃO PAULO - O percentual de pessoas negras ou pardas que freqüentam ou que já freqüentaram algum curso de nível superior passou de 6,7% para 8,2% entre 2002 e 2006, segundo a pesquisa do IBGE “Mercado de trabalho segundo a cor ou raça”. Entretanto este percentual ainda é muito inferior ao alcançado pelos brancos (22,4% em 2002 e 25,5% em 2006).

A pesquisa mostra que essa mudança ainda não ajudou a reduzir a diferença entre o nível de escolaridade entre as duas populações. O número médio de anos de estudo é de 8,7 anos para os brancos e 7,1 anos para os negros e pardos. Em 2002, eram 8,3 e 6,7 (a distância se manteve). A maior diferença está em Salvador, cidade com a maior população negra entre as seis regiões pesquisadas: 2,4 anos de estudo a mais para os brancos.

“Isto quer dizer que, em média, os brancos atingiam o ensino médio e os pretos e pardos não concluíam sequer o ensino fundamental”, diz o IBGE.

Um recorte mais amplo mostra que 28,5% das pessoas negras ou pardas têm pelo menos o nível médio completo; para os brancos este percentual sobe para 45,9%.

Os dados também revelaram que 6,7% dos negros e pardos com 10 a 17 anos não freqüentam escola, embora estejam em idade escolar. Para os brancos, este percentual é de 4,7%. Esta situação melhorou em relação a 2002, quando os percentuais eram de 8,1% e 5%.

População

Salvador é a cidade do país com maior população de negros e pardos (82,1% da população) entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, enquanto Porto Alegre é a região com a menor proporção desse grupo de pessoas (13,1%). Em São Paulo, são 33,3%.

As regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (55,2% de brancos) e Belo Horizonte (56,4% de negros e pardos) apresentaram as menores distâncias entre essas populações.

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