Copom confirma expectativa de analistas e mantém juros em 16.5%

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 15h08

BRASÍLIA - Depois de quase três horas de reunião, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu por unanimidade e pela segunda vez consecutiva, neste ano, manter a taxa básica de juros da economia em 16,5% ao ano, sem viés. Isso significa que a taxa permanece inalterada pelos próximos 30 dias.

Desta vez, o Copom preferiu apenas anunciar o percentual, sem emitir qualquer observação extra sobre os motivos da decisão. A justificativa do BC para a decisão será detalhada na Ata do Copom, prevista para ser divulgada na quinta-feira (26) da próxima semana.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles e os oito diretores da instituição que fazem parte do comitê, decidiram não mexer na Selic depois de analisar os indicadores macroeconômicos do país, especialmente os dados de inflação.

No mercado financeiro, a decisão não causou surpresa. A maioria dos analistas já aguardava a manutenção da Selic, depois que o Copom decidiu no mês passado interromper as sucessivas quedas de juros. De maio a dezembro de 2003, a taxa Selic passou de 26,5% ao ano para 16,5% ao ano, uma queda acumulada de dez pontos percentuais só no ano passado.

Apesar de esperado pela maioria dos economistas, o resultado não agradou o setor produtivo. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por exemplo, considerou “frustrante” a manutenção da Selic em 16,5%. Segundo o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, a decisão “atua de forma negativa sobre as expectativas dos agentes econômicos, o que vai afetar as decisões de investimento”.

Para Monteiro Neto, o Banco Central superestimou as pressões inflacionárias sazonais e pontuais que ocorreram no início do ano. De acordo com a CNI, a economia brasileira tem apresentado um quadro de melhora – decréscimo do Risco Brasil, taxa de câmbio abaixo de R$ 3,00 e expectativas de inflação sob controle para os próximos 12 meses. Além disso, o cenário internacional está em um momento “muito positivo”, o que justificaria a queda dos juros.

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