SANTA INÊS - O vice-prefeito de Santa Inês, Sirino Rodrigues Pereira (PTB), foi empossado na noite desta quarta-feira (27) como novo prefeito da cidade.
A solenidade de posse ocorreu na Câmara Municipal da cidade, em sessão comandada pelo presidente da Casa, Josino Catarino (Republicanos).
Com a ascensão ao cargo - mesmo que interinamente, caso Pneus seja reconduzido ao comando da gestão -, o petebista torna-se inelegível para o cargo de deputado estadual, que ele almejava disputar nas eleições outubro. Segundo a Lei Eleitoral, um prefeito deve renunciar ao mandato até seis meses antes do pleito.
Pereira assume posto em substituição a Felipe dos Pneus (Republicanos), afastado do cargo por decisão da Justiça Federal, após pedido da Polícia Federal, que o acusa de participação em fraude licitatória que teria gerado contrato irregular de R$ 8,5 milhões com uma empresa fornecedora de medicamentos e insumos hospitalares.
Segundo a gestão municipal, a licitação alvo da investigação foi realizada em 2017, na gestão da ex-prefeita Vianey Bringel.
“Estamos colaborando com as averiguações. É de total interesse da gestão que os fatos sejam devidamente esclarecidos e a verdade seja apurada", diz uma nota oficial emitida pela Prefeitura Municipal.
O Imirante apurou, contudo, que a investigação concentrou-se, preliminarmente, em duas contratações do ano de 2021, primeiro da atual gestão. Um dos contratos ainda estaria em vigor.
Segundo a PF, no curso da investigação, constatou-se, inicialmente, que o Município de Santa Inês realizava adesões fraudulentas a Ata de Registro de Preços de outros municípios sem que houvesse o requisito de “vantagem” para a administração pública, posto que, em um dos casos investigados, havia o sobrepreço de 215%.
Os contratos investigados envolvem uma empresa sediada em Teresina (PI). Na ação de hoje, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e sete de constrição patrimonial, com valores que chegam a R$ 8,5 milhões.
"Apesar do alto valor das contratações realizadas pela Secretaria de Saúde daquele município, há informações nos autos indicando que, em determinados períodos, estariam faltando materiais básicos no hospital e rede pública municipal, tais como seringas, soro fisiológico, fios cirúrgicos e remédios psicotrópicos, obrigando os cidadãos a procurarem atendimento hospitalar em municípios vizinhos”, diz um comunicado da PF sobre o caso.
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