Raposa

Segue investigação sobre caso de estupro à grávida em Raposa

Ela, que deve ser ouvida hoje (22), teve bebê em matagal. Criança segue desaparecida.

Maurício Araya/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h04

SÃO LUÍS – Seguem as investigações sobre o sequestro, espancamento e estupro de uma mulher, de 25 anos de idade, grávida acontecido na madrugada de segunda-feira (19), no município de Raposa, Região Metropolitana de São Luís. Segundo a vítima, três homens seriam os autores do crime. Ela, que estava grávida de seis meses, teve o bebê em um matagal. Cansada, ela não teve força para levar a criança para casa e pedir socorro. A criança permanece desaparecida.

A vítima, que estava internada em um hospital particular da capital maranhense, recebeu alta nessa quarta-feira (21) à tarde. Nesta quinta-feira (22), ela deve prestar depoimento e fazer exame de corpo de delito. A Delegacia Especial da cidade de Raposa abriu inquérito para investigar o crime. A polícia, ainda, não tem pistas sobre os autores do crime e sobre o paradeiro do bebê.

A titular da Delegacia Especial da Mulher (DEM) de São Luís, delegada Kazumi Tanaka, em entrevista ao Imirante nesta quinta-feira, evitou comentar o caso, porque a investigação está apenas no início, mas explicou quais seriam os próximos passos. "A polícia vai investigar todos os liames da história que ela vai nos relatar. Além disso, ela vai ser encaminhada para fazer o exame de conjunção carnal e, também, para que ela seja atendida pela rede de atendimento de saúde, para que receba a pílula do dia seguinte, para que tome o coquetel antiaids e para que ela faça exames preventivos, para verificar se ela se contaminou com algum tipo de Doença Sexualmente Transmissível (DST). Todas as pessoas que tiveram contato anterior e posteriormente, também, vão ser ouvidas nessa situação. Algumas perícias já foram iniciadas, feitas pelo Instituto de Criminalística (Icrim) e, aí, o andamento da investigação vai ser nesses trâmites", afirma – ouça a entrevista na íntegra.

Kazumi Tanaka elogiou o trabalho de investigação que vem sendo feito. "A delegacia da Raposa está fazendo essa investigação de maneira correta, e está sendo apoiada pela Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC), que está dando todo o aparato para que essa investigação tenha, realmente, uma prioridade. Esse caso repercutiu e precisa ser, de fato, esclarecido para a população e para a vítima, que passou por esse problema todo, até porque envolve uma criança", completa.

Denúncias

De acordo com a delegada, o número de denúncias de violência contra a mulher tem crescido no Maranhão por causa da maior conscientização da sociedade. "O número de denúncias tem crescido por diversos fatores, mas, a princípio, o grande fator que impulsiona esse número de denúncias é a questão da maior conscientização das mulheres. Antes, até por essa cultura de dominação, de machismo, as mulheres apanhavam, eram vítimas de outros tipos de violência além da física, as psicológicas e as sexuais, só que nada se fazia porque aquilo era meio que aceito pela sociedade. (...) Agora, não. Agora, ela tem esse nível de consciência maior. As pessoas estão repudiando a violência praticada contra a mulher", diz.

Denúncias contra os diversos tipos de violência contra a mulher não precisam ser feitos, necessariamente, pela vítima e podem ser anônimas. Os telefones da DEM são (98) 3214-8649 e (98) 3214-8650. Em São Luís, as denúncias podem ser feitas pelo telefone 190 da Polícia Militar; pelos contatos dos carros de polícia que fazem rondas pelos bairros da cidade; e, também, pelo serviço Disque-Denúncia, pelos telefones (98) 3223-5800 (para a capital maranhense) e 0300-313-5800 (para cidades do interior do Estado).

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