Violência

Indígena Krikati é encontrada morta em Montes Altos, no Maranhão

Yolete Krikati estava desaparecida desde o dia 18 de agosto saiu para pescar no rio Arraias.

Imirante.com

Atualizada em 01/09/2024 às 11h42
Corpo de Yolete foi encontrado em uma fazenda.
Corpo de Yolete foi encontrado em uma fazenda. (Foto: Divulgação / Conselho Indigenista Missionário)

MONTES ALTOS - O corpo da indígena Yolete Krikati foi encontrado na sexta-feira (30), próximo a uma fazenda situada município de Montes Altos, no Maranhão. Ela estava desaparecida desde o dia 18 de agosto saiu para pescar no rio Arraias.

As causas da morte ainda são desconhecidas, e o Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz está responsável pela perícia do corpo. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (CIM), os pescadores que acompanharam Yolete no trabalho contam que não perceberam o momento em que a mulher se separou do grupo. As fontes disseram também que o corpo da vítima foi encontrado já em estado de decomposição próximo à casa da fazenda.

O corpo da indígena foi encontrado após mulheres Krikati relatarem ter sentido um “cheiro podre” quando estavam a caminho da aldeia Arraia, onde Yolete morava. Com o relato, o cacique da comunidade enviou grupos de busca que localizaram o corpo. Os indígenas agora aguardam os resultados da análise feita pelo IML e das investigações.

Segunda mulher indígena morta em agosto no Maranhão

Yolete é a segunda mulher indígena encontrada morta no Maranhão nos últimos dias de agosto. No dia 23, Joanilde Rodrigues Paulino Guajajara, de 33 anos, foi morta pelo marido, Wendel Machado, em Amarante. Uma semana antes da brutalidade ela havia fugido para a casa dos pais após ser ameaçada de morte por ele, e quando retornou foi morta a golpes de faca. O corpo foi encontrado pelo pai da vítima.

Ambos os casos agravam demonstram a violência contra povos indígenas no estado. Segundo relatório Violência Contra os Povos Indígenas do Brasil – dados de 2023, o Maranhão é o estado da região Nordeste com maior número de assassinatos de povos originários. Só no ano passado foram registrados 10 assassinatos, e outras violências: 5 casos de tentativas de homicídio e ameaças; 2 casos de violência sexual; e 7 casos de racismo.

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