MARANHÃO - João Vitor Xavier (PDT), prefeito de Igarapé Grande que assumiu ter matado tiros o policial militar Geidson Thiago da Silva, formalizou um pedido de licença do cargo à Câmara Municipal de Vereadores. Segundo ele, o pedido de afastamento é para 'tratamentos psiquiátricos'. A Polícia Civil do Maranhão pediu a prisão preventiva dele.
O afastamento é pelo período de 125 dias, que poderá e ser interrompido com seu retorno a qualquer momento. No documento, o prefeito alega que está "profundamente abalado (...), circunstância que demanda cuidados médicos específicos, sobretudo por ser um paciente bariátrico", disse.
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Na prática, o ato de pedir licença também poderia manter o prefeito no cargo durante as investigações, se ele não for cassado pela Câmara.
Atualmente, o prefeito responde pelo crime em liberdade, já que ainda não há um mandado de prisão preventiva ou temporária. Na última segunda (7), após estar sendo procurado pela polícia, João se apresentou espontaneamente na Delegacia de Presidente Dutra, prestou depoimento, e foi liberado.
De acordo com o delegado Ricardo Aragão, superintendente de Polícia Civil do Interior, João não foi mantido preso porque não havia flagrante. Se for levado a julgamento, João Vitor Xavier, também deverá ser julgado em tribunais superiores, já que possui foro privilegiado.
O que diz a defesa
A defesa do prefeito alega que João agiu em 'legítima defesa' porque o PM teria sacado uma arma durante uma discussão relacionada ao farol ligado do carro do prefeito. No entanto, de forma preliminar, testemunhas e a Polícia Civil contestam a versão.
"Foram cerca de cinco tiros. Provavelmente todos pelas costas. O corpo da vítima foi encaminhado para o IML de Timon para perícia", afirmou o delegado de Pedreiras, Diego Maciel.
No depoimento dado à Polícia Civil, João disse também que 'jogou' a arma no local do fato, mas a Polícia Civil ainda não encontrou o armamento. Imagens de uma câmera de segurança (veja abaixo) no dia do crime também não mostram o prefeito jogando a arma em algum local.
João afirmou ainda que o revólver que usou, calibre 38, tinha sido adquirido há dois anos por meio de um eleitor, que deu a ele como 'presente'. O prefeito disse ainda que a arma não tinha registro e nem autorização para posse.
Segundo testemunhas, o crime aconteceu na noite de domingo (6), durante uma vaquejada em Trizidela do Vale (MA), quando o PM e o prefeito se desentenderam pelo fato de o policial ter pedido para o João reduzir a luz dos faróis do carro porque estaria incomodando as pessoas no local.
Uma das imagens coletadas pela polícia mostra um homem, que seria o prefeito João Vitor, indo até um carro preto, onde parece pegar um objeto. Em seguida, ele anda em direção a um grupo de pessoas, onde há uma aglomeração e, por fim, corre de volta ao veículo e vai embora.
De acordo com o delegado de Pedreiras, Diego Maciel, as imagens são do local da vaquejada onde estavam o PM e o prefeito. As imagens não mostram o momento exato, mas a suspeita é de que o prefeito efetuou os disparos quando o policial virava as costas e depois fugiu. Segundo a polícia, as imagens ainda passarão por perícia.
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A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) está analisando imagens de câmera de segurança na região onde o policial militar Geidson Thiago da Silva foi assassinado a tiros no Maranhão.
A defesa do gestor municipal alega que ele agiu em legítima defesa. Como não houve flagrante e o suspeito se apresentou voluntariamente à autoridade policial, ele foi liberado após o depoimento, conforme explicou o delegado Ricardo Aragão, superintendente de Polícia Civil do Interior.
Entenda o crime
Testemunhas afirmam que o crime aconteceu na noite de domingo (6), durante uma vaquejada em Trizidela do Vale (MA), quando o PM e o prefeito se desentenderam pelo fato de o policial ter pedido para o João reduzir a luz dos faróis do carro porque estaria incomodando as pessoas no local.
Uma das imagens coletadas pela polícia mostra um homem, que seria o prefeito João Vitor, indo até um carro preto, onde parece pegar um objeto. Em seguida, ele anda em direção a um grupo de pessoas, onde há uma aglomeração e, por fim, corre de volta ao veículo e vai embora.
Segundo o delegado de Pedreiras, Diego Maciel, as imagens são do local da vaquejada onde estavam o PM e o prefeito. As imagens não mostram o momento exato, mas a suspeita é de que o prefeito efetuou os disparos quando o policial virava as costas e depois fugiu. Segundo a polícia, as imagens ainda passarão por perícia.
"Foram cerca de cinco tiros. Provavelmente todos pelas costas. O corpo da vítima foi encaminhado para o IML de Timon para perícia", disse o delegado.
Além disso, testemunhas também apontam que houve uma confusão no evento e o prefeito João Vitor Xavier teria sacado uma arma e efetuado disparos contra o policial, que era conhecido como "Dos Santos" e estava de folga.
O PM ainda chegou a ser socorrido e levado a um hospital em Pedreiras, mas devido à gravidade dos ferimentos, foi transferido para uma unidade com mais estrutura. No entanto, ele não resistiu e morreu durante o atendimento. O policial era lotado no 19º Batalhão de Polícia Militar.
Após o crime, a polícia tentou localizar o prefeito, mas não o encontrou. Testemunhas do crime ainda estão sendo ouvidas pela Polícia Civil e outras provas devem ser analisadas para determinar se haverá ou não pedido de prisão preventiva contra o prefeito.
O prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, tem 27 anos, é solteiro, possui ensino médio completo e, durante as Eleições Municipais de 2024, declarou à Justiça Eleitoral a ocupação de estudante, bolsista ou estagiário. Ele é sobrinho do ex-prefeito de Igarapé Grande e ex-presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), Erlanio Xavier.
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