SÃO LUÍS - A Estrada de Ferro Carajás (EFC), que estava bloqueada desde a manhã de terça-feira (2) por índios guajajaras, foi liberada na madrugada desta sexta-feira (5). A informação foi confirmada pela assessoria da mineradora Vale. A desobstrução do Km 289 da ferrovia, entre os povoados de Mineirinho e Auzilândia, no município de Alto Alegre do Pindaré, que fica a 340 km de São Luís, havia sido determinada pela Justiça Federal. A decisão liminar foi assinada pela juíza Clemência Maria Almada Lima de Angelo, que responde pela titularidade da 5ª Vara Federal.
Os índios protestam contra uma portaria da Advocacia Geral da União (AGU) que trata da demarcação de terras indígenas. Todas as operações ferroviárias da EFC estavam paralisadas. A viagem do trem de passageiros, com destino a São Luís, foi interrompida. É a segunda manifestação dos guajajaras, pelo mesmo motivo, em menos de um mês.
Durante a manhã, a Vale deve emitiu nota à imprensa sobre o assunto. Leia, abaixo, a íntegra da nota:
A Vale informa que retomou na madrugada desta sexta-feira, 5 de outubro, as operações de transporte de carga na Estrada de Ferro Carajás (EFC). O Trem de Passageiros também voltará a circular, partindo neste sábado da estação de São Luis (MA) com destino a Parauapebas (PA).
A empresa obteve na noite de quarta-feira, 3 de outubro, liminar da 5ª Vara da Justiça Federal de São Luís determinando o imediato desbloqueio da Estrada de Ferro Carajás. Na manhã da última terça-feira, 2 de outubro, indígenas das comunidades Guajajaras e Awá-Guajá bloquearam a ferrovia no km 289, entre os povoados maranhenses de Mineirinho e Auzilândia, no município de Alto Alegre do Pindaré (MA). O ato se deu em protesto contra a Portaria 303 da Advocacia Geral da União, que trata sobre a salvaguarda de direitos indígenas. A manifestação não teve relação com a Vale.
A Vale reitera o seu repúdio a atos arbitrários e violentos de invasão da ferrovia e informa que pedirá à Policia Federal e ao Ministério Publico a apuração da autoria e materialidade do crime de perigo de desastre ferroviário, entre outros.
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