Consumidor

Investigação contra a Eletromil vai ser aprofundada

Proprietários da empresa seguem foragidos. MP quer ressarcimento das vítimas do golpe.

Maurício Araya/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h23

SÃO LUÍS – Continuam foragidos os proprietários da empresa Eletromil, que oferecia, sem autorização do Banco Central, o serviço de compra premiada. Na semana passada, uma operação foi realizada pelo Ministério Público (MP) do Maranhão em 17 municípios, depois de mandados serem expedidos pela 8ª Vara Criminal de São Luís. A denúncia contra os proprietários da Eletromil foram oferecidas pela 2ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de São Luís, que os aponta como estelionatários. As medidas cautelares foram cumpridas pela Polícia Militar, com o acompanhamento de promotores do interior.

O objetivo do MP, agora, é tentar ressarcir os milhares de consumidores lesados no golpe. Para isso, a promotoria pede a apreensão dos bens da empresa, quebra de sigilos bancários e prisão preventiva. De acordo com a promotora de Justiça especializada em defesa do consumidor Lítia Cavalvanti, a investigação começou em setembro de 2011 e, se as medidas tivessem sido tomadas nessa época, o prejuízo teria sido menor para os clientes da Eletromil.

"O objetivo, agora, é aprofundar a investigação. A gente teve que fazer uma complementação da investigação para que a gente tivesse base legal para poder entrar com uma ação", disse em entrevista ao Imirante na manhã desta terça-feira (17). Segundo ela, o número de consumidores lesados pelos golpistas é muito grande. Muitos consumidores foram orientados, segundo a promotora, que afirma com base em depoimentos prestados pelas vítimas, pela Gerência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) a continuar pagando as parcelas da compra premiada. "Eles (os proprietários da Eletromil) tiveram tempo, porque não foram tomadas as providências na época certa. Então, cinco meses, sete meses, foi muito tempo", diz.

Ilegal

Uma nota técnica será expedida, a pedido do MP, pelo Ministério da Fazenda sobre a ilegalidade da modalidade de venda. A partir daí, o MP vai poder tomar as medidas administrativas. A promotora enfatizou que a compra premiada é ilegal sob todos os aspectos. "Ela (a modalidade) é um golpe. Pode ter certeza que é um golpe antigo, fadado ao insucesso desde o princípio", finaliza.

Outros consumidores lesados pelos golpistas podem entrar em contato com a promotoria, por meio do telefone (98) 3219-1940.

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