Pedofilia

Concluído inquérito sobre caso do lavrador pedófilo em Pinheiro

José Agostinho Bispo, acusado de abusar de filhas, teve prisão preventiva decretada pela Justiça.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h53

PINHEIRO - A delegada Laura Amélia Barbosa, titular da Delegacia Regional de Pinheiro, deve concluir hoje o inquérito policial sobre o caso do lavrador José Agostinho Bispo Pereira, de 54 anos, acusado de abusar sexualmente das duas filhas e ter com elas oitos "filhos-netos". Segundo a delegada, o lavrador responderá pelos crimes de estupro presumido, estupro de vulnerável, abandono material e intelectual e cárcere privado.

"Já tomamos todas as providências sobre o caso. Aguardamos agora, somente o resultado dos exames de DNA, que comprovarão a paternidade do acusado. No entanto, não vamos precisar esperar a chegada dos laudos. Encaminharemos hoje (ontem) mesmo o resultado das investigações à Justiça, que, de forma bastante sensata, atendeu a nossa solicitação para o fato deste ser um caso de muito apelo popular", destacou a delegada.

Outra novidade sobre o caso do lavrador pedófilo foi a decretação, ontem, de sua prisão preventiva pela Justiça de Pinheiro. Solicitada há uma semana, pela própria delegada regional, a determinação foi finalmente atendida pelo juiz da 1ª Vara da Infância e Juventude de Pinheiro, Anderson Sobral de Azevedo, com base nos artigos 311 e 312 do Código Penal, para garantir a ordem pública.

A filha mais nova do lavrador, Sandra Maria Monteiro, de 28 anos, que sofreu abusos do pai desde os 12 anos e com ele teve sete filhos, já vive em uma nova casa, alugada pelas autoridades municipais. A transferência de domicílio das vítimas foi uma iniciativa do Conselho Tutelar da cidade, que entendeu a necessidade de um novo lar para a recuperação psicológica e social da família.

"Ainda não podemos adiantar nada sobre a transferência do lavrador para uma unidade prisional de São Luís. Nossa preocupação maior, nesse momento, além de punir o acusado, é cooperar com os trabalhos do Conselho Tutelar, Ministério Público, e da equipe de psicólogos e assistentes sociais que acompanham as vítimas", finalizou Laura Amélia Barbosa.

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