No Maranhão

Comunidades indígenas de Itaipava do Grajaú relatam problemas com água e energia elétrica

Além da água e energia, os representantes das comunidades também citaram a baixa qualidade das estradas que dão acesso aos territórios.

Imirante.com, com informações do MPF

Atualizada em 26/04/2023 às 16h46
Comunidades indígenas relatam dificuldades ao MPF. (Foto: Imirante)
Comunidades indígenas relatam dificuldades ao MPF. (Foto: Imirante)

ITAPAVA DO GRAJAÚ - Comunidades das terras indígenas (TI) situadas no município de Itaipava do Grajaú, no interior do Maranhão, apresentaram ao Ministério Público Federal (MPF) uma série de problemas que têm enfrentado nas comunidades relacionados ao abastecimento de água e fornecimento de energia elétrica.

Representantes da TI Geralda - Toco Preto estiveram reunidos na na sede do MPF em São Luís para a reunião, realizada na última quinta-feira (20). Além da água e energia, os representantes das comunidades também citaram a baixa qualidade das estradas que dão acesso aos territórios e a ocorrência de invasões e ameaças dirigidas às lideranças indígenas.

Já os indígenas da TI Urucu-Juruá relataram a ausência de aulas na escola da aldeia. As lideranças afirmaram que faltam professores na escola indígena e que mais de 40 alunos estão sem aulas. Diante disso, foi solicitada a instalação de uma unidade escolar no interior da aldeia Araruna. 

Após a reunião, o MPF informou que enviará ofícios para a Secretaria da Educação (Seduc) e para o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) solicitando a adoção de providências para solucionar os problemas nas áreas de educação e saúde indígena relatados pelas lideranças.

Violência em terras indígenas

Uma indígena transexual foi estuprada e agredida no dia 19 de abril, na Aldeia Formigueiro, que fica dentro da Terra Indígena Morro Branco, no município de Grajaú, a 580km de São Luís. A Polícia Civil continua em busca do autor do crime, que também é um indígena.

De acordo com informações policiais, a indígena foi estuprada, agredida a pauladas e teve o rosto desfigurado após uma festa de celebração do Dia dos Povos Indígenas na Aldeia Formigueiro. Logo depois dos atos violentos, o criminoso deixou a vítima desacordada em um matagal.

A indígena está sob os cuidados de um cirurgião. (Foto: divulgação)
A indígena está sob os cuidados de um cirurgião. (Foto: divulgação)

Após ser encontrada, a indígena recebeu os primeiros atendimentos médicos e foi encaminhada para o Hospital Municipal de Grajaú. Por causa dos ferimentos, ela precisou ser transferida do Hospital Municipal de Grajaú para o Hospital Municipal de Imperatriz (HMI/Socorrão), no fim de semana.

De acordo com a nota divulgada pelo HMI, a indígena está sob os cuidados de um cirurgião bucomaxilofacial (especialista no tratamento de traumas na cavidade bucal, maxilar e a região facial do crânio) e já recebeu medicamentos.

Por causa dos vários edemas em seu rosto, ainda conforme a nota, a vítima ainda não tem condições de realizar uma cirurgia. O procedimento foi marcado para esta quinta-feira (27).

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