Polêmica

Em meio a denúncia de racismo, Abigail Cunha toma posse como secretária da Mulher

Entidades repudiaram posse da parlamentar.

Ipolítica

Atualizada em 06/03/2023 às 15h15
Publicação de Abigail gerou revolta nas redes
Publicação de Abigail gerou revolta nas redes (Reprodução/Instagram)

IMPERATRIZ - A deputada estadual Abigail Cunha (PL) tomou posse no sábado (4) como secretária de Estado da Mulher, em ato solene realizado na cidade de Imperatriz.  Ela foi indicada ao cargo pelo governador Carlos Brandão (PSB) e fará a transição de gestão nesta segunda-feira (6). 

A secretária garantiu que buscará parcerias para desenvolver políticas públicas de valorização e inclusão, como as demais secretarias e órgãos voltados às causas femininas, além de ampliação dos serviços oferecidos nas 'Carretas da Mulher' e da rede de proteção por meio de mais espaços do gênero no interior do estado.

"Eu acredito que a política não é o fim e sim o meio. É por meio dela que podemos propor políticas públicas que ampliem e assegurem os direitos das mulheres na sociedade. E no que depender de mim, vou buscar parcerias com todas as Secretarias e órgãos que atuam pela melhoria de vida e condições das maranhenses", disse. 

A posse de Cunha já é marcada por uma grande polêmica. Na semana passada, ela ganhou destaque nas redes sociais após responder a uma suposta denúncia de racismo expondo duas funcionárias de sua residência, descalças, em trajes de trabalho. Ambas são negras.

“Para quem anda dizendo que não gosto de mulheres negras. Puro preconceito, as donas da minha casa são negras e são mulheres de batalha e verdadeiras”, escreveu a parlamentar nas redes. O caso repercutiu e a parlamentar foi acusada de reforçar racismo estrutural.

Nesta segunda-feira (6), o Fórum Maranhense de Mulheres reuniu aproximadamente 50 entidades ligadas à causa feminina para assinar uma nota de repúdio contra a nomeação da deputada.

“Com a indicação da deputada Abigail Cunha, o Maranhão parece estar fazendo o caminho inverso, ao permitir que o órgão responsável pelas políticas públicas para mulheres ora seja tratado como secretaria meramente decorativa”, diz trecho do comunicado.

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