Homenagem

Pintura homenageia menina morta durante perseguição entre facções em Imperatriz

A arte estampa o muro da antiga escola Chapeuzinho Vermelho, local em que a menina foi atropelada.

Imirante.com / Imperatriz

Atualizada em 05/05/2022 às 10h07
Pintura na porta da escola onde Hérica estudava. (Foto: Edney Areia)
Pintura na porta da escola onde Hérica estudava. (Foto: Edney Areia)

IMPERATRIZ - O palco da tragédia, que aconteceu em Imperatriz no dia 4 de fevereiro, estampa o rosto da menina Hérica Barros de Jesus, de 10 anos, vítima de um atropelamento durante uma perseguição entre bandidos. 

Uma homenagem à garota que morreu depois que um carro invadiu a calçada e jogou a menina contra o muro da escola Chapeuzinho Vermelho, que está desativada, no bairro Parque Santa Lúcia. A pintura foi encomendada pelos pais de Hérica, que viram na arte uma forma de aliviar um pouco a dolorosa lembrança ao passar pelo local, onde ela foi encontrada debaixo de escombros. 

O muralismo é a reprodução de uma foto em que a menina segura um pirulito e tem um semblante sereno, desenhado por Edney Areia, que já está nos detalhes finais do mural. “A mãe dela me pediu alguns detalhes e uma frase em homenagem a ela, tudo deve ficar pronto antes do aniversário dela, a Hérica faria 11 anos no próximo dia 23 de junho”, disse o artista. 

Entenda o caso

O confronto entre integrantes de facções criminosas rivais aconteceu no cruzamento entre as ruas Paulo Afonso e Paraguaçu. Dois criminosos tinham tomado um carro de assalto e perseguiam outros dois homens que estavam de moto. Eles lançaram o carro contra a moto e ainda atiraram e contra os suspeitos. 

Os dois da moto morreram na colisão, mas o carro também atingiu a menina, que passava pela calçada e ficou embaixo do veículo e de escombros, com a derrubada de parte do muro. Hérica teve politraumatismo e o caso dela foi classificado como acidente de trânsito. 

A família luta para que a justiça considere que houve dolo, quando há intenção de matar. A menina voltava de uma aula de reforço escolar. Os parentes temem represálias, porque um dos criminosos envolvidos ainda está solto. 

O titular da delegacia de homicídios, Praxísteles Martins, informou que as investigações avançaram e um dos envolvidos foi preso em outra ocorrência. O outro não foi capturado porque não há mandado de prisão expedido.

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