IMPERATRIZ - Os docentes de seis cursos do campus de Imperatriz da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) estão em greve desde o dia 10 junho. A paralisação, que é a nível nacional, reivindica principalmente melhorias nas condições de trabalho e ensino e combate ao corte no orçamento da educação. Até o momento, o corte é de R$ 9,4 bilhões das universidades federais de todo o país.
Também fazem parte da pauta reivindicações a conclusão de obras inacabadas e transparência quanto aos gastos; garantia de infraestrutura e assistência estudantil em todos os Campi; contra qualquer forma de privatização no âmbito da universidade; reposição imediata das perdas salariais de docentes e trabalhadores em educação; e a revogação da Resolução CONSAD 161/2014 (que trata da progressão dos professores) e reabertura do debate sobre a carreira docente.
Contando com o apoio dos alunos dos cursos paralisados, ao movimento grevista tem realizado uma série de atividades de discussão temas como qualidade da educação pública, transporte público, movimento negro, entre outros. Também fazem parte programação atividades culturais como apresentações musicais, de artes visuais e cinema sempre com a valorização dos grupos locais.
O professor Salvador Tavares destaca que ideia da greve não é o esvaziamento da universidade pela ausência das aulas, e sim a ocupação de desses espaço pelos professores, alunos e também pelos movimentos sociais. “Isso é muito simbólico, pois conseguimos já conseguimos trazer para vários movimentos que nunca tinha entrado na universidade como a Umbanda e o Hip Hop”, ressalta.
Com a precarização da universidade não apenas os professores são prejudicados, mas todos os envolvidos. Com poucas, a universidade tem suas ações de ensino, pesquisa e extensão comprometidas. Compreendendo isso os alunos também estão participando ativamente do movimento.
Ato Público
Para marcar a data e reforçar a luta do movimento, aconteceu na última quinta-feira (9,) um ato em defesa da educação pública. Reunidos com faixas e cartazes os presentes se concentraram em frente da universidade e forma de protesto interditaram as ruas próximas.
Coordenado pelos professores e estudantes da UFMA que estão em greve, o ato contou com representações dos sindicatos municipal e estadual da educação (Steei e Sinproesemma), lideranças da Previdência social, Movimento Sem Terra (MST), Movimento dos moradores do Santa Rita, Coletivo Mandacaru, Sindicato dos Urbanitários, Movimento pelo Transporte Público, Unidade Classista e entre outras.
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